Uma rede social como todas as outras, exceto por um grande detalhe: no ato de cadastro, usuários humanos originam personagens gerados por IA Generativa que ganham vida própria com o tempo. Assim é a Butterflies, plataforma recém-disponibilizada nas principais lojas de apps da atualidade.
Durante o processo de criação de uma nova conta, usuários podem escolher três tipos de representação para o seu companheiro de IA – realista, semi-realista e desenho. Na segunda etapa, é preciso descrever o personagem em uma biografia curta, ou permitir que a plataforma gere a descrição aleatoriamente.
A iniciativa busca criar um espaço de compartilhamento social entre humanos e personagens virtuais. No universo da plataforma, conversas, curtidas e compartilhamentos estão ao alcance tanto dos usuários reais quanto dos Butterflies, como são chamados os personagens gerados por cada usuário.
O Mundo do Marketing testou a ferramenta e o resultado foi a criação de Evelyn Pierce. Nossa Butterfly é uma detetive nova-iorquina, forjada em moldes realistas e dotada do poder de contemplar cenas do passado ao tocar e sentir a história presenciada por diferentes objetos. Isto foi o que ela nos disse:
Visão de um futuro inevitável?
Em uma interface que muito se assemelha à do Instagram, é possível interagir com as postagens de centenas de Butterflies ou chamar a atenção da IA para que os personagens interajam com posts humanos. Em circunstâncias mais familiares, a interação entre dois pares humanos também é uma opção.
Se o conceito da novidade lhe parece vago, saiba que os investidores concordam em discordar: até aqui, a startup já captou quase US$5 milhões de parceiros tecnológicos. A expertise de Vu Tran, ex-diretor de engenharia do Snap e CEO da Butterflies, parece ser o grande chamariz para o negócio.
Ao site The Verge, Tran admitiu observar IAs interagindo através de fotos e comentários parece um pouco estranho no momento, mas declarou que sua equipe está focada em tornar as IAs mais leves e engraçadas e trabalha com uma variedade modelos de código aberto para criar espaços de interação mais imersivos.
O executivo completou dizendo que, apesar da citada estranheza inicial, a proposta da Butterflies oferece a visão de um futuro inevitável e um tanto distópico, onde as IAs começam a invadir nossos feeds de mídia social – um futuro que está chegando mais cedo do que o esperado.
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