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Burnout afeta mais da metade dos creators e expõe crise no mercado de influência

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Tempo de Leitura 2 min

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18 de jul. de 2025

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Notícias

O mercado de influência enfrenta uma crise silenciosa: mais da metade dos criadores de conteúdo (52%) relatam estar esgotados, e 37% já consideram abandonar a profissão. É o que mostra uma pesquisa global da agência Billion Dollar Boy, que ouviu mil influenciadores e mil profissionais de Marketing sêniores, mostrando um cenário alarmante para o bem-estar de quem vive da produção de conteúdo.

De acordo com o levantamento, os principais gatilhos para o burnout são a fadiga criativa (40%), a alta carga de trabalho (31%) e o tempo de tela ininterrupto (27%). Ainda assim, quando se trata de gravidade, a instabilidade financeira aparece em primeiro lugar, apontada por 55% dos entrevistados que sofrem da síndrome de esgotamento.

Marcado por exaustão intensa, o burnout ultrapassa o corpo físico: três em cada cinco creators (59%) dizem que a condição afeta negativamente suas carreiras, enquanto 58% relatam impactos diretos no bem-estar geral. A mesma pesquisa mostra que 68% dos influenciadores acreditam que agências, marcas e plataformas deveriam proteger seu bem-estar, mas apenas 49% sentem que recebem esse suporte.


Para Fábio Gonçalves, diretor de talentos da Viral Nation para Brasil e Estados Unidos e os números ligam um sinal de alerta. O burnout não é só um problema individual, mas um reflexo da forma como o mercado funciona. A lógica de performance das redes sociais gera uma cobrança constante, e o influenciador não pode simplesmente desligar: ele é a marca, o produto e o canal, tudo ao mesmo tempo.

Gonçalves ressalta que, diferente de outras profissões, o criador de conteúdo convive com a exposição contínua e a dependência da aprovação do público. A validação digital virou combustível, e isso cobra um preço alto. O creator vive conectado, roteiriza, grava, interage com seguidores e entrega projetos, por vezes, sem equipe, rede de apoio ou planejamento.


Fábio também lembra que, apesar da flexibilidade de horários e dos eventos badalados, a rotina de um influenciador se assemelha à de um trabalho tradicional: a função exige atenção o tempo todo. São cargas horárias pesadas, prazos apertados e, muitas vezes, uma entrega corresponde à única renda do mês. 

Para o executivo, o amadurecimento do setor depende do cuidado com quem está diante das câmeras. “É responsabilidade da agência oferecer estrutura, direção e suporte humano”, conclui.

Leia também: Tendências da Creator Economy para 2025: Um Olhar para o Futuro

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Ian Cândido

Repórter

AUTOR

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