Olhar para o presente sem deixar de vislumbrar o futuro. Na era das transformações digitais, os comportamentos e os relacionamentos interpessoais dos indivíduos do agora ganham cada vez mais importância analítica e se tornam vetores que indicam caminhos para que marcas e empresas se preparem para dialogar com as gerações do amanhã.
Isso porque uma análise sobre a velocidade de absorção da tecnologia por parte das gerações mais recentes, como a Geração Z, nascida entre 1996 e 2010, e os Alfas, em desenvolvimento, nascidos entre 2011 e a metade desta década, contribui para a formação de projeções sobre os Betas, geração que começará a ser formada em meados dos anos 20.
Aplicando uma metodologia chamada STEPIC, que identifica as mudanças em setores como sociedade, tecnologia, meio ambiente, política, indústria e cultura, a WGSN publicou um estudo que decodifica o surgimento de novos grupos demográficos, mapeando suas características mais notáveis e estabelecendo uma ponte com o papel da tecnologia para a formação de novas camadas sociais.
Analisando o impacto da tecnologia sobre a ascensão dos novos grupos demográficos, a WGSN aponta que a aceleração tecnológica pode contribuir para a redução dos intervalos entre o surgimento de grupos que compartilham hábitos e comportamentos similares em relação à tecnologia disponível naquele momento.
A análise parte de uma observação prática: enquanto os Milennials (1981-1995) e a Geração Z (1995-2010) se desenvolveram ao longo de 14 anos, estima-se que a geração Alfa terá um tempo menor de desenvolvimento considerando os marcos tecnológicos que descrevem cada geração, como a ascensão da Inteligência Artificial, que deverá ser o marco da Geração Beta. Neste sentido, cabe ressaltar que no século XXI, os avanços tecnológicos acontecem 1000x mais rápido do que no século XX.
Partindo deste recorte, os primeiros membros da Geração Z, também conhecida como nativa digital, se dividem entre os indivíduos nascidos antes e depois da popularização da Internet, cujo uso, neste contexto, se dividia entre aparelhos como desktops, notebooks e celulares, antes da ascensão dos smartphones e dos aplicativos digitais.
Em seguida, a era do Instagram e dos smartphones como uma extensão do corpo humano marcou - e continua marcando - o desenvolvimento dos Alfas. Esses indivíduos compartilham características como a priorização do phygital, o desenvolvimento na era da pós-verdade e anseios por mais diversidade e inclusão, bem como a naturalização dos registros digitais - fotos, vídeos, mensagens - desde o berço.
Finalmente, na atual “década de 20”, o panorama digital tende a ser moldado pela Inteligência Artificial e pelo universo dos algoritmos - e portanto, o comportamento dos nascidos nesta década deverá refletir o impacto da IA. Este grupo será o primeiro a crescer em um mundo onde a IA estará consolidada, o que deverá moldar os conceitos de verdade e realidade.
Segundo a WGSN, a geração Beta é composta por indivíduos com estilos de vida altamente tecnológicos e mais fluidos, priorizando a IA em tarefas básicas do dia-a-dia. Além disso, estes indivíduos deverão ocupar posições de trabalho que, no momento, ainda não existem. *Com informações de WGSN Leia também: Educação de mãos dadas com a tecnologia: os cases da Escola Vereda e Max.IA
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