Muito antes do hype criado pelas ferramentas do momento no mundo digital, como o Chat GPT e o Midjourney, a Inteligência Artificial era parte ativa da vida de qualquer pessoa com acesso à internet. Inserida em softwares de chamada de vídeos, campanhas de anúncios em plataformas como o Facebook e em aplicações simples para smartphones, a IA passou anos desempenhando um papel discreto antes de ser reconhecida e utilizada até mesmo por usuários sem qualquer bagagem técnica sobre a tecnologia. Afinal, o que mudou?
Para responder a essa pergunta, temos que pensar na palavra acessibilidade. Desde o lançamento público do Chat GPT, em novembro de 2022, o tema Inteligência Artificial despertou a atenção de curiosos que passaram a utilizar a ferramenta como um brinquedo digital. Embora pareça pouco produtiva, essa forma de relacionamento com a ferramenta constitui, além de um convite para o aprofundamento no mundo digital, uma porta aberta para que qualquer pessoa teste e descubra formas de expandir a contribuição da IA para tarefas básicas do dia-a-dia.
Partindo desse ponto, o acesso democrático ao canivete suíço das ferramentas digitais é um pilar importante para a transformação do fluxo de trabalho, tanto para pessoas, quanto, principalmente, para empresas. “Ainda é muito comum, principalmente nas grandes empresas, o conceito de automação robótica de processos (RPA), que é o pessoal que trabalha automatizando processos e colocando ferramentas de integração, Atualmente, a melhor forma de empregar a IA é ou como um assistente ou como um RPA mais inteligente”, destaca João Vitor Chaves, COO & CPTO do G4 Educação, em bate-papo com o Clube Mundo do Marketing.Fluxo de trabalho como bússola
Como os leitores do Mundo do Marketing devem se lembrar, o próprio Chat GPT elencou 10 de suas possíveis aplicações às práticas de Marketing. Naturalmente, nem todas essas competências podem ou devem ser implementadas ao mesmo tempo. Por isso, é necessário definir quais recursos serão utilizados para atender às necessidades de cada momento.
Como fazer isso? Olhando atentamente para o fluxo de trabalho. “Muito do que a gente tem trabalhado e do que eu acredito que são coisas que não estão sendo tão exploradas hoje vem disso: olhar para o seu fluxo de trabalho diário e entender como é possível utilizar IA para torná-lo mais eficiente e produtivo, seja o Chat GPT, Midjourney, outro qualquer outro tipo em ascensão, como o Whisper”, afirma Chaves.
Sem esse cuidado, muitos podem mergulhar de cabeça na ideia de utilizar as ferramentas generativas para melhorar processos externos, desenvolver produtos e, consequentemente, vender mais. No entanto, usuários da IA fariam bem em lembrar dos recursos que podem ser agregados à parte interna das operações. “Uma recomendação que eu dou para todo mundo é: não pense tanto em IA para criar um produto. Primeiro, pense em IA para otimizar o fluxo interno da empresa. Foi assim que começamos no G4, e só agora estamos começando a falar em produto, de forma ainda muito incipiente, validando para depois avançarmos”, sugere o COO.
Resolução de problemas na prática
Em sua participação no Clube Mundo do Marketing, Sérgio Fernandes, CEO & Co-founder da CopyBase, destacou os prós e contras sobre a utilização das IAs generativas para a educação. Para o CEO, um dos principais pontos de alerta nesse sentido é a possível redução do comprometimento dos alunos quanto aos temas e exercícios propostos durante a formação. A solução para o problema, segundo Fernandes, passaria pela adaptação das instituições de ensino à nova realidade acadêmica inaugurada pelo Chat GPT.
Mas seria possível realizar tal adaptação? A ferramenta G4 AI, do G4 Educação, dá bons indícios de que sim, é possível. Baseada em conceitos recomendados pelo próprio OpenAI, desenvolvedor do Chat GPT, a G4 AI foi criada a partir da necessidade de ajudar os alunos a absorver os conteúdos estudados ao longo dos cursos ministrados pela instituição.
Guiando-se pelo artigo “Summarizing books with human feedback”, que explica como resumir livros para treinar a IA, a G4 Educação conseguiu alimentar a inteligência artificial com materiais próprios e transformá-la em uma ferramenta personalizada aos interesses dos alunos. “Este conceito envolve pegar um grande conteúdo, dividi-lo em blocos menores, resumi-los e depois unificá-los em um ciclo revisado por um ser humano. Feito isso, utilizamos o conteúdo para treinar a IA. Dessa forma, a IA se torna uma tutora virtual, capaz de avaliar se as aplicações dos alunos estão funcionando, em tempo real, com o respaldo dos conteúdos dos cursos”, finaliza Chaves.
Durante o bate-papo com o Clube Mundo do Marketing, João Vitor Chaves enfatizou a importância do exemplo e do incentivo para a implementação das ferramentas de Inteligência Artificial no seio das empresas. “Após testar e ver os resultados, devemos começar o processo de educar o resto do time. Eu sempre digo que as pessoas são movidas a exemplo e incentivo. A maioria das pessoas não têm incentivo para fazer coisas diferentes do que elas fazem no dia-a-dia, e acabam encarando as novidades como apenas mais trabalho”, declara.
O COO destacou, também, os principais erros, acertos, formas e resultados de implementar a IA para tornar mais eficientes as rotinas de trabalho. Clique aqui para acessar:
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