Terapêutica para uns e estressante para outros, a experiência de pilotar um carrinho de compras pelos intermináveis corredores dos supermercados está mais viva do que nunca. Na era das compras digitais, a manutenção da relevância destes ambientes se apoia principalmente em características que privilegiam o conforto do consumidor.
O estudo Setor Supermercadista no Brasil, divulgado durante a APAS SHOW 2023, aponta que 83% dos brasileiros que frequentam supermercados o fazem motivados pelo atendimento oferecido nestes locais. Para 68%, o ambiente amplo é o fator mais valorizado - o índice chega a 81% entre os entrevistados com mais de 55 anos. Conforto térmico, citado por 42% dos respondentes, Iluminação (35%) e tecnologia (31%), também foram indicados como atrativos dos supermercados brasileiros.
Os dados do estudo indicam que as menções ao diferencial tecnologia sobem para 42% entre os entrevistados da Classe A. Neste tópico, os participantes da pesquisa foram perguntados sobre a tecnologia de Self-Checkout, ferramenta que substitui a tradicional passagem de produtos pelo caixa convencional. 51% dos respondentes afirmaram nunca ter utilizado a tecnologia e 49% estão familiarizados com o uso.
Percepções sobre a tecnologia Self-Checkout
A pesquisa também quis saber as razões pelas quais os consumidores usam ou evitam o Self-Checkout. Para 85%, a maior vantagem oferecida pelo recurso é a rapidez do processamento e pagamento das compras. Do outro lado da moeda, 45% dos respondentes afirmam evitar a ferramenta pois não sabem utilizá-la.
O rol de atrativos do Self-Checkout é completo por percepções e vontades como comodidade (56%), sentimento de independência (39%), evitar a fila do caixa (11%) e a preferência por não conversar com o operador do caixa (11%).
Já a lista das desvantagens é composta por receios e outros tipos de vontades, como a possibilidade de conversar com o operador do caixa (26%), insegurança ao registrar os produtos (25%), mau funcionamento do recurso (14%) e poucas informações de uso (14%).
Supermercados de bairro fazem sucesso
O estudo mediu a performance dos supermercados de bairro e identificou que 79% dos entrevistados são clientes dos supermercados de bairro, contra 21% que preferem fazer suas compras em estabelecimentos distantes de casa.
Neste recorte, 46% dos frequentadores dos supermercados de bairro buscam estes estabelecimentos para realizar compras de reposição. O restante da amostra se divide igualmente entre compras de emergência (27%) e as compras do mês (27%).
Outro aspecto importante para a sobrevivência dos estabelecimentos bairristas é a capacidade de atender a todas as faixas de público. A média de gastos dos membros da Classe A nestes estabelecimentos é de R$ 845,00 mensais. A Classe B gasta, em média, R$ 485,00, enquanto a Classe C, gasta R$ 357,00 mensais.
Naturalmente, a principal vantagem atribuída aos supermercados de bairro é a proximidade de casa, citada por 82% dos consumidores. Destacam-se, ainda, diferenciais como atendimento simpático (39%), boas promoções (39%) e preços baixos (31%). No rol das desvantagens, os consumidores citaram pouca variedade de produtos (48%), preços altos (43%), ausência de marcas que costumam comprar (23%) e falta de promoções (23%).
Inovação é prioridade
O estudo Setor Supermercadista no Brasil traz indica um cenário preocupante quanto ao uso da tecnologia Self-Checkout nos supermercados: 51% dos respondentes afirmaram nunca ter utilizado a tecnologia e, deste total, 45% disseram que não sabem utilizá-la.
Considerando os números, fica evidente que os supermercados brasileiros ainda precisam aprimorar a utilização deste sistema em suas unidades para reduzir os atritos da jornada de compra e privilegiar a experiência do consumidor. Afinal, tecnologias como o Self-Checkout já deixaram o campo da tendência e, atualmente, sua implementação pode ser considerada como uma pendência - ou até mesmo uma urgência.
Em bate-papo com o Clube Mundo do Marketing, Caio Camargo, diretor comercial da Linx, e Fred Alecrim, consultor especializado em varejo, explicaram como as empresas podem classificar inovações sob os rótulos de tendências, pendências e urgências para agregar mudanças operacionais nos momentos corretos.Venha para o Clube e faça parte da conversa!
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