Não raro, os influenciadores 45+ enfrentam uma série de preconceitos relacionados ao etarismo. A invisibilização deste grupo de creators é notável e ainda mais visível quando os influencers em questão são negros e pardos, uma minoria que busca nas redes sociais um espaço de expressão e ativismo social.
A presença digital deste grupo foi analisada no estudo Diversidade Conectada 45+, da Silver Makers. Os dados apontam a potência do discurso dos influenciadores digitais negros e pardos maduros em diversas frentes de combate, como o etarismo e a desigualdade social.
Dentre os 171 mapeados pela pesquisa, foram identificadas várias categorias de diversidade. 9% dos influencers negros são LGBTQIA+ (16 influenciadores), 7% são negros plus size (13 influenciadores), 5% são pardos (8 influenciadores), 2% são negros PcD (3 influenciadores), 2% são pardos plus size (3 influenciadores) e 1% é composto de negros plus size LGBTQIA+ (1 influenciador).
As redes de preferência do grupo analisado são Facebook (22%); YouTube (16%) e TikTok (14%). A variedade de tópicos reflete a amplitude dos interesses desses influenciadores, indicando uma capacidade de atingir diferentes públicos e nichos.
Os principais temas são comportamento (25%), cultura (16%), ativismo (14%), seguido de moda (8%), saúde e bem-estar (7%), estilo de vida (6%), beleza e make (5%), empreendedorismo (5%), carreira/negócios (2%), humor (2%), viagem e turismo (2%), e espiritualidade (2%).
Do ponto de vista das marcas, o mapeamento traz um alerta para que o Marketing acolha o grupo como parte de uma rede de criadores de conteúdo potente e altamente influente em nichos bastante relevantes para o mercado. A pesquisa mostra, também, a urgência em reconhecer e valorizar as vozes maduras brasileiras diversas.
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