Num ambiente de negócios acelerado como o atual, é fácil perder de vista o valor da criatividade. A criatividade não é apenas um complemento ao crescimento dos negócios, ela é fundamental para o sucesso e para o desempenho a longo prazo das organizações. A maioria dos profissionais de negócios – nove em cada dez – acredita que toda a equipe deve ter a criatividade entre suas principais habilidades. No entanto, um novo estudo global feito pela Harvard Business Review Analytic Services em parceria com o Canva mostra que há uma diferença significativa na forma como as empresas estimulam a criatividade dos funcionários.
O estudo entrevistou mais de 500 profissionais de negócios e dividiu as organizações em três grupos, com base na capacidade delas de conceber soluções criativas para problemas: líderes, seguidoras e retardatárias. Como esperado, as organizações líderes se destacam na identificação e na implementação de soluções criativas, as seguidoras conseguem fazer isso até certo ponto e as retardatárias enfrentam dificuldades significativas.
Por que tantas organizações têm dificuldade em incluir a criatividade nas principais operações? O que diferencia as organizações que se destacam daquelas que ficam para trás? Como as empresas podem se transformar para garantir que a criatividade esteja incorporada nas próprias estruturas? As respostas para essas perguntas são essenciais para compreender como corrigir as falhas de criatividade e impulsionar o crescimento de maneira sustentável. Aqui estão as melhores práticas de acordo com as conclusões do estudo:
A criatividade deve ser incentivada, mas também recompensada. Nove em cada dez pessoas entrevistadas concordam que o pensamento criativo é uma habilidade essencial para funcionários. No entanto, mais de metade das organizações classificadas como retardatárias relatam que a cultura organizacional delas não recompensa atividades criativas. Em contraste, apenas 19% das organizações líderes têm o mesmo problema. Assim, é mais provável que as organizações líderes promovam um ambiente que recompensa os riscos criativos e o pensamento inovador. Isso as diferencia e faz com que elas liderem quando o assunto é a promoção da criatividade.A segunda conclusão principal tem a ver com o papel importante da liderança no fomento à criatividade. É quase unânime entre os entrevistados que ter um líder criativo aumenta a criatividade da equipe. Apesar disso, quase três quartos dos entrevistados das organizações retardatárias afirmam que a liderança deles não está suficientemente envolvida no pensamento criativo para dar apoio à criatividade da equipe. Nas organizações líderes, menos de um quarto concorda. Isso mostra uma diferença significativa de liderança, que precisa ser abordada para que a criatividade seja promovida em todos os níveis organizacionais.Além disso, a criatividade depende das ferramentas certas. Quase todos os entrevistados concordam que investir em tecnologia criativa será fundamental para o sucesso das organizações. Eles esperam que o investimento financeiro em ferramentas e tecnologias que impulsionam a criatividade aumente ou permaneça o mesmo no próximo ano. As organizações líderes usam plataformas de colaboração e ferramentas de comunicação visual para destravar a criatividade. Essas ferramentas facilitam a geração de novas ideias, perspectivas e abordagens, potencializando o processo criativo.A IA generativa é outro limite sobre o qual as principais organizações estão avançando. Quase metade dos líderes acredita que a IA generativa pode impulsionar consideravelmente a criatividade ao automatizar tarefas repetitivas, liberando as equipes para se concentrarem em tarefas mais criativas, com o objetivo de acelerar a geração de ideias e criar conteúdo com o mínimo de intervenção humana. Mas, apesar desse potencial, há ainda uma diferença significativa nas taxas de adoção de ferramentas de IA para promover a criatividade entre as organizações líderes e as seguidoras e retardatárias. Acabar com essa diferença é essencial para que as organizações permaneçam competitivas e inovadoras no cenário atual de rápida evolução.
Em última análise, a inovação e a criatividade são os fatores que distinguem as organizações líderes das retardatárias e que impulsionam o crescimento em cenários desafiadores. Os líderes que priorizam a promoção de uma cultura que recompensa os riscos criativos e investem em tecnologias de ponta estão dando o exemplo. Eles não só aumentam a vantagem competitiva das suas organizações, como também abrem caminho para um futuro mais dinâmico e resiliente. Para prosperar no atual cenário, todas as organizações devem combater falhas de liderança, investir em tecnologias criativas e abraçar o potencial transformador da IA
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