A globalização trouxe consigo uma troca cultural intensa, e um fenômeno que se destaca nesse cenário é a crescente influência da cultura sul-coreana no mundo do entretenimento. De acordo com dados do Ministério das Relações Exteriores, o Brasil se posiciona como o segundo maior parceiro sul-coreano na América Latina, com uma corrente de comércio expressiva, atingindo a marca de USD 11,7 bilhões. Esse intercâmbio não se limita apenas aos negócios, mas também se manifesta na presença de cerca de 120 empresas sul-coreanas em solo brasileiro, com investimentos que alcançam a cifra de USD 10 bilhões, especialmente em setores tecnologicamente avançados.
Em fevereiro do ano passado, celebramos os 60 anos da imigração coreana para o Brasil, evidenciando uma comunidade de aproximadamente 50 mil coreanos que escolheram viver em nosso país. Contudo, a disseminação da cultura sul-coreana transcende as fronteiras nacionais, impactando de forma notável diversos países ao redor do globo. Exemplos marcantes desse alcance são os filmes “Parasita”, vencedor do prêmio máximo do cinema mundial, e a série “Round 6”, que bateu recordes na gigante do streaming Netflix.
A singularidade e vitalidade da cultura sul-coreana se manifestam em uma abordagem estratégica que combina investimentos públicos e privados. Esse engajamento permitiu que a Coreia do Sul exportasse suas produções culturais, conquistando fãs em inúmeros países. A qualidade excepcional das produções, a diversidade de formatos e estilos, a inovação visual e tecnológica, a presença marcante em plataformas digitais, as estratégias robustas de marketing e o entusiasmo apaixonado dos fãs são elementos cruciais para o sucesso internacional da cultura sul-coreana.
Recentemente o governo da Coreia do Sul anunciou que lançará um novo visto especificamente para entusiastas de sua cultura. O visto Hallyu, também chamado de “visto de treinamento em K-culture“, vai proporcionar uma atração magnífica para os fãs do estilo musical local, permitindo que não coreanos que se inscrevam em academias locais de artes cênicas permaneçam no país por até dois anos. O Ministério da Cultura, Esportes e Turismo da Coreia do Sul delineou em seu plano de negócios que as artes são consideradas uma grande parte da cultura para os anos vindouros.
Principais tendências da onda Coreana
A Coreia do Sul se destaca como uma potência geradora de filmes, séries, músicas e outros programas de entretenimento, exportando sua criatividade para várias nações, incluindo o Brasil. A disseminação dessa onda cultural é conhecida como 'Hallyu' e teve seu início nos anos 1990, impulsionada por significativos investimentos estatais. Durante a pandemia, os k-dramas, antes considerados produções de nicho, emergiram como escolhas preferidas dos assinantes de plataformas de streaming.
Na PlayTV, enquanto um hub de curadoria de conteúdo, abraçamos essa tendência ao investir cada vez mais em produções asiáticas. Em 2023, transmitimos o k-drama “Eu Não Sou Um Robô”, que se revelou um sucesso extraordinário. Valorizamos a diversidade de formatos e gêneros que compõem a cultura pop de maneira abrangente. Fica claro que as produções artísticas sul-coreanas possuem características singulares que explicam seu imenso sucesso.
Estamos entusiasmados em posicionar a PlayTV como uma plataforma dedicada à disseminação da cultura sul-coreana, apresentando videoclipes de k-pop, k-dramas e um programa exclusivamente focado na Coreia do Sul, sob a condução da jornalista Yoo Na Kim.
*Leonardo Zalcman é o Diretor de Conteúdo e Canais Digitais da PlayTV.
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