A chegada da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), marcada para acontecer em Belém (PA), em novembro, tem despertado expectativas entre os líderes empresariais.
89% dos representantes que pretendem participar do evento acreditam que o evento reserva impactos relevantes para o mundo dos negócios, conforme aponta um levantamento conduzido pela Aberje.
Intitulada “Comunicação e Engajamento Empresarial na COP30”, a pesquisa contou com a participação de 104 organizações e aponta que 93% das empresas já tratam sustentabilidade como uma prioridade estratégica, evidenciando o amadurecimento do setor privado frente à crise ambiental.
Entre os principais anseios estão o aumento do comprometimento de países e empresas com a pauta climática (47%), a concretização de negociações e projetos (39%), a definição de acordos alinhados aos interesses dos setores produtivos (37%) e a definição de metas mais ambiciosas para enfrentar a crise (34%).

Cerca de 52% das empresas avaliadas participarão pela primeira vez de uma edição da COP. Entre as que já estiveram presentes, a atuação se deu na programação oficial (70%), em eventos paralelos (60%) e como ouvintes (51%).
Os impactos práticos mais frequentes dessas participações incluem aproximação com tomadores de decisão (40%), aprimoramento da estratégia ESG (38%), ações internas de conscientização (35%) e adequação a novas regulamentações (32%).
O perfil das empresas participantes da pesquisa inclui organizações privadas nacionais (31%) e multinacionais (49%), com maior concentração na região Sudeste (78%), especialmente no estado de São Paulo (57%).
Quase metade das respondentes possui mais de 5 mil colaboradores e representa 32 setores da economia, com destaque para Energia/Bioenergia (15%), Agropecuário (7%), Tecnologia da Informação (6%), Alimentos e Bebidas (5%) e Seguros/Previdência Privada (5%).

Na avaliação de 90% das empresas respondentes, o Brasil exercerá papel relevante na COP30, sendo que 53% acreditam que sua atuação será muito importante. Mônica Alvarez, diretora do Capítulo Aberje Amazônia, destaca que as empresas esperam que o país lidere com protagonismo, combinando conservação e desenvolvimento.
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