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5 Tendências de Consumo para 2025, de acordo com a WARC

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Tempo de Leitura 5 min

DATA

22 de jul. de 2025

CATEGORIA

Notícias

Com base em uma análise da GWI em 54 mercados, aliada a estudos de caso, dados próprios e análises especializadas, a WARC produziu o relatório “Tendências Globais de Consumo 2025”. O material identifica cinco grandes mudanças de comportamento que devem orientar as decisões de compra dos consumidores ao longo do próximo ano, com impacto direto nas estratégias de marcas de diferentes setores.

A análise aponta para um cenário econômico volátil, com a transformação tecnológica forçando os consumidores a serem mais seletivos e intencionais com seus gastos. Segundo Stephanie Siew, executiva sênior de pesquisa da WARC, os consumidores estão assumindo maior controle sobre suas vidas, especialmente na forma como consomem informações, cuidam da saúde e se conectam socialmente. 

Veja, abaixo, as cinco principais tendências destacadas no relatório:

1. Disparidade no custo de vida e polarização do consumo

A desigualdade econômica vem moldando novos padrões de consumo. Nos Estados Unidos, os 10% mais ricos já concentram quase metade dos gastos das famílias, segundo a Moody's Analytics. Estimativas do UBS indicam que os millennials mais ricos terão cinco vezes mais riqueza até 2030, aprofundando a divisão dentro da chamada “classe média”. 

Essa diferença afeta a maneira como os produtos são consumidos: 55% dos consumidores de baixa renda dizem preferir marcas próprias mais baratas a marcas tradicionais — proporção que cai para 40% entre os de renda alta. A inflação e a elevação de tarifas sobre bens essenciais impactam desproporcionalmente as famílias de menor renda, o que obriga marcas a reverem suas estratégias de preço e valor percebido.

Faris Yakob, Co-fundador da Genius Steals, avalia que a classe média está se bifurcando em quem tem e quem não tem, muitas empresas estão se reorganizando para atender aos vinte por cento e ao um por cento superiores dentro desse grupo. Para os escalões inferiores são oferecidas alternativas de valor, e aqueles com dinheiro são tentados a gastá-lo em vários níveis de luxo, à medida que essas empresas se voltam para modelos de negócios de menor volume / maior margem.


2. A influência crescente dos criadores de conteúdo

O consumo de notícias e recomendações vem migrando dos veículos tradicionais para vozes individuais. Hoje, mais pessoas se informam pelas redes sociais (57%) do que pela TV (52%) ou sites jornalísticos (49%). Essa mudança é especialmente marcante entre a Geração Z, em que 71% consumiram conteúdo noticioso pelas redes no último mês. 

Os criadores de conteúdo são vistos como autênticos e confiáveis — a ponto de 47% dos usuários de redes sociais afirmarem ter feito alguma compra com base em endossos de influenciadores. Marcas que desejam manter relevância nesse ambiente devem investir em parcerias com criadores e explorar o equilíbrio entre mídia paga, espontânea e conteúdos de especialistas internos.

Sapna Chadha, VP da SEA e South Asia Frontier, Google, explica que os consumidores estão procurando criadores para descobrir informações sobre marcas. A diferença, agora, é que eles estão passando da descoberta passiva para realmente se imergir em uma experiência de compra totalmente nova, que engloba formatos em vídeo.


3. A humanização da inteligência artificial no consumo

Assistentes autônomos de IA estão mudando a jornada de compra. Ferramentas como o Operator da OpenAI e o Project Mariner, do Google, já realizam tarefas como compras e reservas em nome dos usuários. Segundo a Salesforce, 39% dos consumidores se sentem confortáveis com agentes de IA agendando compromissos, e 24% aprovam o uso desses agentes para fazer compras — esse número chega a quase um terço entre a Geração Z. 

Apesar da praticidade, consumidores ainda valorizam a empatia das interações humanas. Profissionais de marketing devem equilibrar automação e presença humana nos pontos de contato, além de otimizar conteúdos e experiências para buscadores baseados em IA.


4. Busca ativa por saúde e bem-estar

O autocuidado se tornou prioridade em diversos perfis de consumo. 31% dos entrevistados afirmaram ter comprado vitaminas ou suplementos no último mês, um salto em relação aos 24% registrados em 2022. Essa busca é liderada por millennials e Gen Z, que também mostram preocupação com a alimentação: 77% dizem estar atentos aos riscos associados a alimentos ultraprocessados. 

O cuidado com a saúde digestiva e o envelhecimento saudável impulsionam escolhas alimentares e hábitos de consumo. Marcas podem se posicionar de forma estratégica ao enfatizar atributos nutricionais, investir em rótulos claros e propor versões “melhores para você” de seus produtos, mesmo fora do setor de bem-estar.

Alberto Romano, Gerente de Colaboração de Planejamento de Consumo e Compras Global da Diageo, pontua que seja criando comida voltada para o bem-estar ou roupas projetadas para conforto e bem-estar emocional, as marcas têm a oportunidade de moldar o futuro, criando papéis e propósitos únicos e significativos que ressoam profundamente com os estilos de vida de bem-estar dos consumidores.


5. Novas formas de conexão social

Diante do aumento no custo de vida e da valorização de experiências mais significativas, consumidores — especialmente os mais jovens — estão reinventando a forma de socializar. Atividades presenciais baseadas em interesses específicos ganham força, como jogos de tabuleiro, praticados mensalmente por metade da Geração Z (51%) e dos millennials (50%). Plataformas como Letterboxd e Strava ilustram o avanço de comunidades nichadas, online e offline. 

A demanda por eventos presenciais também cresce: 53% dos consumidores participaram de festivais nos últimos 12 meses. Para as marcas, o desafio está em criar experiências que se conectem com esses novos espaços sociais, seja por meio de ativações, workshops ou pop-ups que reforcem a presença da marca em ambientes de interesse coletivo.

Segundo Colleen Ryan, Parceira da TRA, a forma como as pessoas constroem conexões mudou: a dinâmica passou de sistemas tradicionais para nos conectar com pessoas cujos interesses são compartilhados. Para as marcas, isso apresenta um desafio, mas também uma oportunidade, um meio-termo sobre o qual construir conexão, um espaço intermediário.

Leia também: 10 novas tendências sobre o comportamento do consumidor no e-commerce

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Ian Cândido

Repórter

AUTOR

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