A APAS SHOW chega ao marco de 40 edições consolidada como um dos maiores festivais de negócios do varejo supermercadista, reunindo marcas nacionais e internacionais, milhares de visitantes qualificados e operações que movimentam a economia de São Paulo durante todo o período do evento.
O encontro, que nasceu como uma feira de pequena escala em um hotel no interior, evoluiu para um dos principais pontos de relacionamento entre indústria, fornecedores e redes supermercadistas. A expansão acompanha o fortalecimento da Associação Paulista de Supermercados (APAS), que representa mais de duas mil empresas e cerca de sete mil lojas no Estado, responsáveis por aproximadamente 33% das vendas de autosserviço do Brasil.
A virada decisiva ocorreu a partir de 2010, quando a Associação estruturou de forma profissional suas áreas de Marketing, Relacionamento e Comunicação. O movimento marcou o início da reorganização conduzida por Fabiano Benedetti, Diretor de Marketing, Vendas e CRM da Associação, que assumiu a criação das bases internas para sustentar o crescimento da feira.
“Cheguei à Associação com um desafio enorme de montar a área de Marketing e cuidar da parte de relacionamento, mas tive uma surpresa assim que eu cheguei lá: só tinha eu e o estagiário. Detalhe: o estagiário, uma semana depois, pediu as contas”, recorda Benedetti, ponderando os desafios da transformação em entrevista ao podcast Green Room.
Depois de assumir também a Comunicação Institucional em 2012, no contexto da crise das sacolas plásticas, e de participar da reorganização comercial de 2016, Fabiano conduziu a junção entre Comunicação, Vendas, CRM, Operações e Relacionamento. O arranjo eliminou divisões históricas e criou um sistema de metas compartilhadas.
“Não existe mais Marketing para um lado e Comercial para o outro; todo mundo trabalha pelo mesmo objetivo”, afirma o diretor.

Frutos da transformação
O avanço da APAS SHOW levou a adaptações contínuas no Expo Center Norte, que precisou acompanhar o ritmo do festival. A feira passou a ocupar todos os pavilhões disponíveis, incorporou uma tenda climatizada equivalente ao antigo pavilhão azul B, redesenhou fluxos de circulação e, em determinados ciclos, exigiu o fechamento de uma rua para conectar áreas externas.
Foi nesse cenário que a APAS transformou a feira em festival. A mudança surgiu quando o modelo tradicional já não comportava a complexidade da operação, que reunia congressos, rodadas de negócio, trilhas de conteúdo, experiências externas, ações proprietárias da Associação e ativações promovidas por indústrias. A segmentação em pilares e a reorganização da jornada deram clareza e facilitaram a circulação.
Com processos amadurecidos, a Associação expandiu sua atuação para além do festival e passou a realizar mais de 290 eventos anuais distribuídos pelo Estado de São Paulo, entre feiras regionais, encontros técnicos, missões internacionais, formações, reuniões setoriais e iniciativas de relacionamento. Essa base é sustentada por um sistema de CRM robusto, estruturado em Salesforce, que organiza dados de expositores, visitantes e associados ao longo do ano.
“Crescemos muito e chegamos no limite do espaço. O público chegava e enxergava tudo como uma coisa só. Nosso foco é melhorar constantemente e a estrutura só faz sentido se gerar eficiência e entrega para o setor. O Expo Center Norte foi fazendo adequações ao longo dos anos, mas hoje nós estamos ocupando absolutamente tudo o que é possível. Agora, o festival deixa claro o papel de cada parte e permite que cada pessoa construa a própria trilha”, explica Fabiano.

Um exemplo disso é o congresso Update-se, um dos principais pilares do festival, desenvolvido a partir de um estudo anual de tendências conduzido pela WMACAN e validado por um comitê formado pela APAS e pela FGV. As trilhas se dividem em três etapas — visão estratégica, planejamento e aplicação prática — combinando repertório de inovação com temas diretamente ligados ao cotidiano das operações supermercadistas.
A expansão da feira impulsionou também novos formatos de relacionamento. Nos últimos anos, grandes empresas passaram a promover jantares, encontros proprietários, ativações paralelas e experiências externas ao pavilhão, reproduzindo modelos de eventos internacionais e ampliando o impacto econômico da APAS SHOW dentro da cidade. A programação se estende por diferentes regiões de São Paulo durante a semana do festival e se soma às iniciativas da Associação voltadas à gestão de resíduos, apoio logístico e organização do entorno.
A edição de 2026, que marca os 40ª edição da APAS SHOW, inaugura um novo ciclo estratégico. O tema será apresentado no Dia Nacional dos Supermercados, em 12 de novembro, e deve orientar a próxima fase do festival. “Todo mundo está indo para um lado; a gente vai se conectar a outro modelo”, finaliza o diretor.
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