Dia das mães chegando e isso me incentiva a voltar a discutir um dos meus temas preferidos da vida que é a maternidade e trabalho, carreira e vida maternal ou tudo junto e misturado. Não significa jamais que isso tem que ser discutido apenas em maio, mas vamos aproveitar o momento e voltar a falar sim, pois isso tem impacto direto na vida de todas as profissionais que são mães, assim como eu.
Eu sou uma profissional há 20 anos e mãe há 8, tenho dois pequenos, Maria, a mais velha, e Tomaz, meu caçula, e tento sempre traçar um paralelo entre esses dois grandes papéis, que são extremamente correlacionados entre si.
Já tive momentos da minha vida em que o trabalho foi minha grande prioridade de tempo, de energia, me fez mudar de cidade/país, em outros, deixei-me imersar 100% pela maternidade, parando de trabalhar por um tempo para viver na plenitude a primeira infância dos meus filhos. Em outros, o trabalho e a vida de mãe conviveram ao mesmo tempo, lado a lado, muitas vezes sincronizados e outras, com um grande desafio de acomodação entre si.
Não tenho a fórmula mágica para isso, continuo buscando as melhores composições, mas uma coisa que aprendi é que existem fases para tudo. Em algumas horas da sua vida, o trabalho pode ser a sua grande oportunidade e prioridade, outros momentos, curtir e aproveitar a sua maternidade ou mesmo estar mais próximo dos seus filhos em um período em que eles precisem mais, também pode ser a melhor coisa a ser feita. Não existe certo ou errado, no meu ponto de vista, existe, você entender as etapas da sua jornada, saber o que quer para cada uma delas e agir/direcionar para que o seu objetivo aconteça, isso sim, é que faz a diferença.
E correlacionado a esses dois grandes temas, tem dois aprendizados da minha vida de mãe que eu levo para a minha de profissional.
1. Você é o exemplo. Você pede para seus filhos comerem frutas ao longo do dia, a participarem de todas as atividades relacionadas a esporte, futebol, dança, patins, judô, porém eles só te vêm comendo pão e nunca faz uma atividade fisica. Funciona? Você é da turma que não libera as telas, mas passa o dia inteiro no celular na frente deles? é crivel? Acredito que o mesmo acontece no trabalho. Você promove uma cultura organizacional, mas tem valores e comportamentos bem diferentes. Funciona? Resumindo, o bom e velho, e sempre maravilhoso, walk the talk. 2. Cada filho é um filho. Como mãe de dois, tenho desafios de entender que, apesar de serem próximos de idade, serem filhos dos meus pais, morarem na mesma casa e estudarem na mesma escola, são muito diferentes. Na personalidade, na maneira que encaram as alegrias e os os problemas, nas brincadeiras e muito, na maneira que se relacionam comigo. Um adora conversar, discutir os sentimentos, as coisas que quer mudar e não concorda no mundo e o outro, quer saber qual o seu próximo desafio, qual a brincadeira surpresa que vamos inventar, se eu sou boa na defesa da bola e assim vai.
O que eu aprendo vivendo com essas duas figurinhas no meu dia-a-dia? Que cada um tem uma verdade, uma personalidade, uma motivação e eu, como mãe e incentivadora da vida deles, me adapto e me ajusto, pois cada um quer e precisa da Ana, a mãe deles, de uma maneira diferente. Trazendo isso para o meu trabalho? Em um time que você lidera, ou um grupo em que você trabalha, cada um tem um jeito, uma maneira de trabalhar, um incentivo e você pode e deve ver isso com um olhar customizado.
E você, mãe, profissional, o que aprendeu com a maternidade que você leva para o seu trabalho ou o que aprendeu na sua profissão que você leva para a sua vida de mãe? Feliz dia das mães.
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