Fazendas de cliques, bots e ferramentas de automação governados pela Inteligência Artificial: este é o trio responsável por 18% dos cliques diários na Internet de acordo com dados do relatório State of Fake Traffic, conduzido pela Cheq. Forjados à gosto do freguês, os cliques artificiais estão trazendo sérias consequências ao mercado publicitário.
De acordo com o relatório, 4,1% das interações fraudulentas foram realizadas em tráfego pago, drenando recursos que poderiam ser utilizados em campanhas autênticas. Em números absolutos, a cada R$ 1 mil investidos, as empresas perdem R$ 41 em campanhas pay-per-click.
O levantamento registrou, ainda, um crescimento de 32% de bots maliciosos e de 20% no uso de sistemas de automação em comparação a 2022, sendo que 71% do tráfego falso foi feito em um desktop e 29% por meio de celular. Neste contexto, o Marketing se junta a setores como financeiro, e-commerce, e manufatura na lista de indústrias mais prejudicadas pelo falso engajamento.
Para Michel Bekhor, fundador da SmartClick, parceira da Cheq no Brasil, o cenário requer o desenvolvimento de algoritmos cada vez mais sofisticados e capazes de lidar com ameaças mais inteligentes para mitigar os prejuízos causados aos anunciantes, vítimas da distorção do real comportamento do consumidor.
No início do mês passado, imagens de uma fazenda de cliques localizada em Hanói, capital do Vietnã, viralizaram nas redes sociais. As capturas publicadas pelo fotógrafo Jack Latham ilustram as nuances de uma organização complexa em busca de um único objetivo: trazer curtidas, comentários e compartilhamentos artificiais para impulsionar o engajamento nas redes sociais dos clientes.
A análise da CHEQ utilizou uma base de 34 bilhões de cliques recebidos por milhares de domínios para gerar um relatório acurado do cenário digital, com tendências-chave, ferramentas, sistemas operacionais e impactos em diferentes segmentos de anunciantes.
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