A personalização deixou de ser apenas um recurso desejável para se consolidar como um motor direto de negócios no ecossistema digital. 59% dos brasileiros afirmam que experiências personalizadas aumentam a intenção de comprar ou recomprar produtos e serviços dentro de aplicativos, segundo o estudo “Mapa do Engajamento em Apps no Brasil”, realizado pelo Instituto QualiBest em parceria com o Mundo do Marketing.
O dado acaba com um dos principais mitos do Marketing orientado por dados: o receio de rejeição por parte do consumidor. Na prática, o levantamento indica o oposto. Para 67% dos entrevistados, a personalização gera sensação de valorização, enquanto apenas uma parcela minoritária associa a prática à vigilância excessiva. Em um cenário em que o consumidor passa mais de duas horas por dia em aplicativos, relevância deixou de ser diferencial e virou pré-requisito.

O estudo, que ouviu 601 brasileiros conectados, de diferentes regiões e classes sociais, apontou que o consumidor não só percebe como reconhece o esforço das marcas. 66% afirmam notar claramente quando um aplicativo adapta conteúdo, ofertas ou comunicações ao seu perfil.
Mesmo ações consideradas básicas já produzem impacto, como por exemplo o uso do nome do usuário na comunicação. Essa ação faz 72% das pessoas prestarem mais atenção na mensagem, reforçando que a personalização não é apenas tecnologia avançada, mas também cuidado na execução.
Dados, IA e jornadas mais humanas
Os números refletem uma mudança estrutural na relação entre marcas e consumidores no ambiente digital. “Os dados do estudo reforçam algo que vemos diariamente nas operações dos nossos clientes: quando marcas usam personalização de forma inteligente e responsável, o impacto na experiência e na receita é imediato”, afirmou Raquel Braga, Diretora Regional de Marketing LATAM da Braze.
Ela explica que a combinação entre dados, IA e comunicação em tempo real permite criar jornadas altamente relevantes e humanas, que é exatamente o que o consumidor brasileiro espera. O desafio não está apenas em coletar dados, mas em transformá-los em interações relevantes, respeitando preferências, contexto e privacidade.

Valor tangível é o que sustenta a estratégia
A pesquisa também aponta que a personalização só funciona quando entrega benefícios claros. Entre os formatos mais valorizados pelos brasileiros, destacam-se o Financeiro, com ofertas e descontos exclusivos (68%); Inovação, com novidades, lançamentos e tendências (53%) e Curadoria, com recomendações baseadas em gostos e hábitos pessoais (52%).
O dado reforça que a personalização genérica não engaja. O consumidor espera vantagem concreta, seja econômica, funcional ou de descoberta. A demanda por experiências personalizadas surge como resposta direta a um problema recorrente. 71% dos usuários consideram a comunicação atual das marcas “robótica”, enquanto 75% dizem desejar um atendimento mais humano.
Nesse contexto, a personalização atua como ponte entre escala e empatia. Até canais tradicionais, como o e-mail Marketing, ganham nova relevância: 52% afirmam que a curiosidade para abrir uma mensagem surge quando percebem que há “algo exclusivo para mim”.

Fidelidade em troca de dados
Outro dado que chama atenção é a abertura do consumidor brasileiro para relações baseadas em troca de valor. 82% dos entrevistados participam de programas de pontos, milhas ou cashback, indicando alta disposição em compartilhar dados quando há benefícios claros.
A lógica reforça o papel estratégico do CRM e da personalização contínua, especialmente em categorias dominantes nos smartphones brasileiros, como Redes Sociais e Finanças, presentes em mais de 90% dos aparelhos.
Acesse a pesquisa completa aqui: pesquisaapps.mundodomarketing.com.br
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