O Nubank está no centro de um movimento de boicote nas redes sociais. As críticas começaram no X, antigo Twitter, onde usuários repercutiram a imagem de uma postagem feita por Cris Junqueira, cofundadora do Nubank, em sua página pessoal no Instagram.
Na publicação, a executiva agradeceu o recebimento de um convite para uma palestra organizada pelo Brasil Paralelo, portal de notícias associado a ideologias conservadoras e classificado pelos críticos como um farol para a extrema-direita.
Em comunicado oficial, o Nubank afirmou que Cristina Junqueira não tem qualquer parceria com os organizadores do evento e que o Nubank não patrocina a organização convidante nem endossa seus conteúdos. A empresa reforçou, também, sua postura apartidária, que impede a associação do banco a movimentos políticos, religiosos ou ideológicos.
O que aconteceu?
A postagem feita por Cristina não foi bem recebida por parte do público, que passou a sugerir uma parceria entre o Nubank e o Brasil Paralelo. Os críticos deram início a um movimento de incentivo ao encerramento de contas na fintech. O Portal Forbes sugeriu que a crise pode ter motivado uma queda de 1,18% nas ações do banco na quarta-feira.
Além das críticas, Cristina recebeu o apoio de pessoas contrárias ao movimento de cancelamento. O embate entre críticos e defensores da executiva colocou o Nubank no centro de uma guerra ideológica similar à enfrentada pela Bis ao anunciar sua parceria com o YouTuber Felipe Neto. O embate acontece em um momento de ascensão para o Nubank: no dia 29 de maio, o banco ultrapassou o Itaú em valor de mercado pela primeira vez desde 2022. No dia em questão, a fintech bateu a marca de R$ 296 bilhões e superou os R$ 288 bilhões registrados pela instituição rival.
A troca de posições no topo do ranking vinha sendo “ensaiada” nos últimos meses. Na primeira metade do ano, as ações do Nubank cresceram 46%, enquanto as do Itaú regrediram 3%.
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