O mercado de brinquedos no Brasil apresenta uma clara sazonalidade, com um pico significativo de consumo concentrado no segundo semestre do ano. O Natal e o Dia das Crianças são responsáveis por quase 40% das vendas anuais, sendo que o Natal representa de 22% a 25% e o Dia das Crianças de 15% a 16%, segundo dados da Circana. Este fenômeno influencia os fabricantes que concentram os esforços de lançamento, divulgação e distribuição nessa época, deixando o primeiro semestre com menos estímulos para o consumo.
Diante deste cenário, surge uma nova oportunidade para o varejo: explorar novas datas para manter o mercado aquecido, incentivando o consumo e estabilizando as vendas. O Dia Internacional do Brincar, recém-proclamado pela ONU, por exemplo, foi celebrado pela primeira vez em 11 de junho deste ano. A data, promovida pelo Grupo LEGO e outras organizações, visa conscientizar sobre a importância do brincar no desenvolvimento infantil.
A iniciativa conta com o apoio de grandes nomes do setor, como Hasbro, Sesame Workshop, The Mattel Children’s Foundation e Save the Children. Além do Dia Internacional do Brincar, outras datas, como a volta às aulas (educativos) e o Dia dos Namorados (jogos, pelúcias e colecionáveis), podem ser estrategicamente exploradas para estimular o consumo de brinquedos.
Para Guilherme Bocchi, gerente comercial da Circana, promoções e campanhas de Marketing direcionadas nessas ocasiões podem incentivar os consumidores a adquirirem brinquedos como presentes ou itens educativos e são oportunidades para impulsionar as vendas e manter o mercado aquecido durante todo o ano.
Como está o mercado de brinquedos no Brasil?
Segundo dados da Circana, o mercado brasileiro de brinquedos retraiu 13% em faturamento em abril de 2024 em comparação com o mesmo mês de 2023. Mas ao considerar os primeiros quatro meses de cada ano, a retração foi de 8% no faturamento, com uma queda de 1% nas vendas em unidades e uma redução de 7% no preço médio dos itens vendidos.
O levantamento indica estabilização, com a queda de faturamento sendo atribuída à redução do preço médio, e não ao número de itens vendidos. Ainda de acordo com o levantamento da Circana, as super categorias, Externos e Esportivos, Brinquedos Infantis e Pré-Escolares apresentaram as maiores quedas em faturamento no início de 2024, enquanto eletrônicos, blocos de montar e pelúcias registraram crescimento.
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