Tendência no Marketing, os avatares digitais foram a solução encontrada pela lendária banda Kiss para estender uma carreira que já dura 50 anos. No último sábado (2), durante o último show do grupo na “dimensão física”, no Madison Square Garden, em Nova Iorque, o líder da banda, Paul Stanley, anunciou o “início de uma nova era para o Kiss”, completando que as mudanças proporcionadas pelo que classificou como um futuro empolgante permitirão que a banda “viva para sempre” a partir da avatarização de seus membros.
Para isso, os integrantes da banda passaram por sessões de escaneamento corporal e facial para criar avatares completamente fiéis aos atributos físicos dos músicos originais. O processo de construção das novas personas foi postado no página do Instagram da banda. No vídeo, Stanley e Gene Simmons, baixista do Kiss, justificam a transição e argumentam que a oportunidade de “viver para sempre” em seus novos corpos digitais é empolgante.
A dupla também destacou que o Kiss merece viver por mais tempo do que os próprios membros de carne e osso, uma vez que o grupo se transformou em algo muito maior do que a individualidade de seus integrantes. O anúncio pegou de surpresa os fãs da banda e a comunidade da música, como um todo, e provocou reações mistas entre aprovação e desgosto.
Críticos mais ferrenhos à transição argumentam que Stanley e Simmons deveriam “deixar o Kiss morrer em paz”, enquanto outros fãs contrários a mudança classificam o movimento como um mecanismo desenvolvido exclusivamente para ganhar dinheiro, sem levar em conta os elos construídos entre a banda e seus admiradores ao longo dos anos.
Os avatares foram projetados pela empresa de efeitos visuais Industrial Light & Magic (ILM), comandada pelo cineasta George Lucas, e financiados pelo conglomerado sueco Pophouse Entertainment, co-propriedade do músico Björn Ulvaeus do ABBA - banda que também “se apresentou”, em 2022, com as versões avatarizadas de seus membros originais.
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