O ano de 2026 deve representar uma ruptura ampla nas práticas de Marketing adotadas na última década. A avaliação consta do estudo “Tendências de Marketing para 2026”, da NP Digital, que analisa de que forma algoritmos, mudanças no comportamento do consumidor e a crescente fragmentação dos canais digitais estão redefinindo a dinâmica de influência online.
Uma das transformações mais relevantes ocorre no campo da busca, ainda que de forma pouco perceptível para o usuário. A pesquisa tradicional perde centralidade não porque as pessoas deixaram de buscar informações, mas porque passaram a fazê-lo em ambientes distintos. Em vez de consultas baseadas em palavras-chave, cresce o uso de interfaces de inteligência artificial que recebem perguntas completas, cruzam dados, avaliações e comparativos e entregam respostas consolidadas.
Esse cenário dá origem ao chamado GEO (Generative Engine Optimization), um modelo de otimização que prioriza clareza de conteúdo, dados verificáveis, tabelas comparativas e consistência entre informações publicadas em sites, redes sociais e outros pontos de contato da marca. A disputa deixa de ser exclusivamente por posições de destaque nos rankings de busca e passa a se concentrar na probabilidade de a marca ser citada como fonte confiável por sistemas de IA.

O relatório também aponta para o enfraquecimento do funil de Marketing tradicional. As decisões de compra, segundo a análise, seguem trajetórias cada vez menos lineares, envolvendo vídeos curtos, comunidades de nicho, grupos de mensagens, marketplaces, fóruns especializados e recomendações geradas por inteligência artificial. Esse movimento é descrito como “Search Everywhere”, em que a busca ocorre de forma contínua e distribuída por múltiplos ambientes.
Outro vetor de mudança destacado é o crescimento do uso de Zero-Party Data, dados fornecidos voluntariamente pelos próprios consumidores. A lógica, segundo a NP Digital, desloca-se do rastreamento automático para a construção de relações baseadas em troca de valor, nas quais as marcas precisam oferecer benefícios claros antes de solicitar informações pessoais.
O estudo também projeta o fortalecimento do Community-Led Growth em 2026. A análise indica que microcomunidades digitais tendem a gerar níveis de engajamento superiores aos de grandes audiências e exercem influência relevante na construção da reputação das marcas em grupos altamente segmentados.
No campo da prova social, o conteúdo gerado por usuários (UGC) ganha protagonismo, com depoimentos, vídeos espontâneos e avaliações assumindo papel central na formação da confiança do consumidor. A credibilidade, segundo o relatório, passa a ser construída de forma mais tangível e menos dependente de mensagens institucionais.
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