<p><strong>Marcas necessitam estreitar conv&iacute;vio com o trade </strong></p><p>Por Silvana Torres*</p><p>A evolu&ccedil;&atilde;o do mercado imp&otilde;e &agrave;s marcas e empresas estabelecerem conv&iacute;vio positivo e estreito com o trade, setor composto pelos canais de escoamento de venda, ou redes de fornecedores, revendedores e distribuidores. Nesse segmento, algumas companhias j&aacute; percebem a import&acirc;ncia da figura dos vendedores e a forte influ&ecirc;ncia que eles exercem sobre a decis&atilde;o de compra dos consumidores. Ao se aproximar desses profissionais por meio de programas de marketing de relacionamento, as marcas investem para conquistar a confian&ccedil;a e a prefer&ecirc;ncia da categoria, inclusive com v&iacute;nculo emocional, para efetivar as vendas motivadas pela propaganda. </p><p>Nesse movimento do mercado, os vendedores passam a ser tratados como a &ldquo;bola da vez&rdquo; pelos gestores das empresas, pois s&atilde;o enxergados como respons&aacute;veis pelo ganho ou perda de market share dos produtos. Atualmente, percebe-se que as companhias j&aacute; destinam 25% das verbas de marketing para o trade, com tend&ecirc;ncia de crescer para 30%. De modo geral, nota-se crescimento das a&ccedil;&otilde;es de promo&ccedil;&atilde;o: antes consumiam 20% das verbas, com os outros 80% destinados &agrave; propaganda e, hoje, essa rela&ccedil;&atilde;o &eacute; de 50-50%, com tend&ecirc;ncia de evoluir para 60-40% no trade. </p><p>Para as empresas, o fato de o trade &ldquo;vestir a camisa&rdquo; de suas marcas em suas abordagens aos consumidores traz in&uacute;meros benef&iacute;cios. As companhias necessitam evitar que as pessoas cheguem &agrave;s lojas motivadas pela propaganda de suas marcas e deixem os estabelecimentos com produtos concorrentes. &Eacute; uma situa&ccedil;&atilde;o comum, pois a prefer&ecirc;ncia dos consumidores por determinada marca cai de 70% a 80% para 40% ou 30% ap&oacute;s se deparem com a influ&ecirc;ncia dos vendedores, que os apresentam produtos de marcas concorrentes. </p><p>O espa&ccedil;o entre a inten&ccedil;&atilde;o de compra e a sua efetiva&ccedil;&atilde;o &eacute; estreito porque o mercado atual &eacute; tomado por um movimento que se convenciona designar de &ldquo;comoditiza&ccedil;&atilde;o&rdquo; dos produtos. Ao irem &agrave;s compras, os consumidores t&ecirc;m um leque de op&ccedil;&otilde;es que se equivalem para caracter&iacute;sticas como qualidade, tecnologia e pre&ccedil;o. Com isso, a figura do vendedor aparece como a pessoa que det&eacute;m as informa&ccedil;&otilde;es sobre os poucos diferenciais capazes de convencer sobre as compras. </p><p>Mas efetivar vendas, embora seja de suma import&acirc;ncia &agrave;s empresas, n&atilde;o &eacute; o &uacute;nico benef&iacute;cio das companhias que estabelecem v&iacute;nculo emocional entre suas marcas e o trade. Outros pontos positivos s&atilde;o a redu&ccedil;&atilde;o do turn over em torno de 10% e o fato de 70% a 80% das lojas impactadas designarem espa&ccedil;o maior e mais privilegiado aos produtos da marca promotora das a&ccedil;&otilde;es. </p><p>Contudo, as marcas que optam por estabelecer v&iacute;nculo emocional com o trade por meio de programas de relacionamento t&ecirc;m de estar atentas que os resultados s&oacute; aparecem a partir de dois anos; para exig&ecirc;ncias de curto prazo, a op&ccedil;&atilde;o pode ser o incentivo. </p><p>* Silvana Torres &eacute; s&oacute;cia-diretora da Mark Up, conselheira da Ampro (Associa&ccedil;&atilde;o de Marketing Promocional) e autora do livro &ldquo;Marketing de Incentivo&rdquo;.</p>
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