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Entre agentes autônomos e ética social: os dilemas reais da IA em 2025

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Tempo de Leitura 2 min

DATA

16 de mai. de 2025

CATEGORIA

Artigos

A inteligência artificial não é mais promessa de futuro, é parte invisível, porém central, das decisões que movem o mundo hoje. E, no Web Summit Rio 2025, essa realidade não foi apenas discutida: ela foi confrontada. A terceira edição do evento, realizada no Riocentro, escancarou o que muitos preferem ignorar: a IA já está decidindo por nós. E, o que faremos com isso?

Uma das falas mais emblemáticas veio de Justina Nixon-Saintil, vice-presidente de impacto social da IBM. Ela não falou sobre o “futuro brilhante da tecnologia”, mas sobre o risco real de ampliarmos desigualdades sob a desculpa da inovação. Para ela, é urgente criar regulamentações que façam sentido para o Brasil e para a América Latina, onde a desigualdade não é estatística, mas uma realidade concreta. A IA pode ser inclusão, sustentabilidade, justiça. Mas, se for desenhada para isso.

Quem também puxou os limites do imaginável foi a Nvidia. Ao apresentar os agentes autônomos, sistemas que não apenas respondem a comandos - mas tomam decisões sozinhos com base em metas, a empresa deixou claro: entramos em uma nova era da automação. Agora, máquinas agem. E a pergunta que pairou no ar foi: até onde vamos delegar? E quem estará no controle?

O evento também destacou aplicações práticas da IA, como o caso da NotCo, que mostrou como a tecnologia pode reinventar a indústria alimentícia. A empresa, conhecida por provocar o senso comum com criações como a NotMayo, uma “maionese” sem ingredientes tradicionais , apresentou a Giuseppe, sua plataforma de IA que permite que outras empresas reformulem receitas e desenvolvam produtos mais sustentáveis, posicionando a NotCo como fornecedora de tecnologia para toda a cadeia alimentar.

Outro eixo estruturante  foi a discussão sobre infraestrutura e capacitação. O Brasil apareceu como protagonista estratégico nesse cenário por duas razões: sua matriz energética limpa,  fator crítico para data centers e computação intensiva,  e o enorme contingente de talentos a serem formados. Diversas iniciativas públicas e privadas apresentadas no evento têm como meta treinar milhões de brasileiros em habilidades ligadas à IA até o final da década.

A IA também foi debatida como força que atravessa tudo: do impacto ambiental às políticas públicas, das relações de trabalho à produção cultural. E, entre as falas otimistas e os alertas pragmáticos, emergiu um consenso: ou conduzimos essa transformação com consciência, ou seremos conduzidos por ela.

O tom dominante foi o de urgência. Urgência em compreender, regulamentar, aplicar e preparar a sociedade para os impactos da inteligência artificial em larga escala, não apenas em inovar, mas em criar estruturas éticas, inclusivas e preparadas para os desafios que vêm junto com essa nova era. 

O Web Summit Rio 2025 deixou claro que o futuro da IA não será apenas determinado por avanços técnicos, mas pelas escolhas conscientes que fizermos agora. E o Brasil, com seu potencial energético, criativo e humano, tem tudo para ser protagonista dessa transformação. 

A pergunta é, como podemos fazer diferente?

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Juliene Nigro

Vice-Presidente de Operações da Mootag

Juliene Nigro é Vice-Presidente de Operações da Mootag

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