Marcas e entidades que representam a indústria, o comércio, serviços e o setor bancário divulgaram notas de repúdio sobre as invasões às sedes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário acontecida no último domingo, dia 8, em Brasília, por manifestantes antidemocráticos. Ainda na noite de domingo, a Natura emitiu uma nota em que retrata os atos criminosos como uma “afronta à democracia brasileira, em uma tentativa de calar as instituições constituídas e silenciar os espaços públicos de diálogo”. A marca ainda reiterou seu compromisso e trabalho. “As cenas a que assistimos neste domingo se opõem a nossas crenças e razão de ser. Somos uma construção coletiva de uma rede enorme de consumidores, consultoras e colaboradores, com posicionamentos políticos e ideológicos plurais, que valoriza a diversidade de ideias e o debate democrático como instrumentos para o progresso da civilização”, finalizou. Federações e representantes O Sistema FENACON, representante de 400 mil empresas brasileiras em 63 categorias econômicas, também repudiou veementemente a invasão e o ataque de manifestantes aos prédios do Supremo Tribunal Federal, do Palácio do Planalto e do Congresso Nacional. A Federação reafirma a defesa da democracia pelo cumprimento de normas constitucionais, que definem o Estado Democrático de Direito, e que sempre pautaram a atuação do Sistema. “Desta forma, ressaltamos que a manifestação democrática, pacífica e dentro da lei, é sempre bem-vinda. No entanto, jamais pode ser admitida manifestação com sentido antidemocrático por meio de atos violentos e depredação do patrimônio público. Esperamos a apuração das condutas criminosas e a punição dos envolvidos”, finalizou. Já a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) disse que “as cenas de desordem e quebra-quebra” causaram “profunda perplexidade institucional, que exigem firme reação do Estado”. “Com mais de meio século de existência, a Febraban, integrante da institucionalidade do país, repudia com veemência as agressões ao patrimônio público nacional e a violência contra as instituições que representam o Estado Democrático de Direito”, pontuou. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) afirmou que tem compromisso com os valores do Estado Democrático de Direito. “A confederação confia na apuração e punição dos responsáveis pelos crimes praticados contra a decisão manifestada nas urnas pela sociedade brasileira”, afirmou a nota divulgada. Já a Confederação Nacional da Indústria (CNI) classificou os atos como terroristas e defendeu punição exemplar aos extremistas. “O Brasil elegeu seu novo presidente da República democraticamente, pelo voto nas urnas. A vontade da maioria do povo brasileiro deve ser respeitada e honrada. Tais atos violentos são manifestações antidemocráticas e ilegítimas que atacam os três Poderes de maneira vil. O governo e as instituições precisam voltar a funcionar dentro da normalidade, pois o Brasil tem um desafio muito grande de voltar a crescer, gerar empregos e riqueza e alcançar maior justiça social”, afirmou em nota o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), representante de grandes operadoras de planos e seguros privados de saúde do país, também manifestou o seu total repúdio às ações antidemocráticas. “A violência e o desrespeito às instituições não condizem com uma Nação que precisa urgentemente promover mais segurança e bem-estar à sua população, em especial no âmbito da Saúde”, concluiu o comunicado. CBF se manifesta A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) fez uma publicação repudiando veementemente o uso da camisa da seleção nos atos terroristas em Brasília. "A CBF é uma entidade apartidária e democrática. Estimulamos que a camisa seja usada para unir e não para separar os brasileiros. A CBF repudia veementemente que a nossa camisa seja usada em atos antidemocráticos e de vandalismo", escreveu o perfil. A entidade já trabalhava na ideia de desassociar a camisa da seleção à conotação política. O item passou a ser um dos símbolos utilizados frequentemente pelos apoiadores extremistas do ex-presidente Bolsonaro em manifestações. Para acabar com essa associação, uma campanha foi feita visando afirmar a noção de que o uniforme pertence a todos os brasileiros e não a grupos específicos. *Em atualização Leia também: Posicionamento de marcas durante as eleições: o que fazer nesse momento?
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