Tradição norte-americana realizada na sexta-feira seguinte ao Dia de Ação de Graças, celebrado em novembro, a Black Friday dá início à temporada de compras natalinas e é conhecida por seus descontos generosos. “Importada” para o Brasil há algum tempo, a ação já se tornou uma das principais datas do calendário comercial nacional e a cada ano que passa os varejistas desenvolvem estratégias diferenciadas para atrair o público.
Uma estratégia interessante são as lives com especialistas, que ganharam força durante a pandemia de Covid-19 e devem permanecer fortes mesmo com a crise sanitária superada. Em pesquisa realizada recentemente pelo NZN Intelligence, por exemplo, 64% dos respondentes afirmaram que seguem preferindo comprar online, mesmo com a reabertura do comércio, por razões como comodidade e praticidade, preços atrativos, possibilidade de conferir avaliações de outros clientes e variedade de lojas.
Para Joy Macedo, editora do TecMundo, vertical proprietária da NZN especializada em informações sobre tecnologia, as lives de Black Friday geram conexão com os consumidores. “É preciso, porém, pensar num conteúdo que faça sentido para os usuários e seu público-alvo. No caso do TecMundo, convidamos para a bancada experts em tecnologia, entretenimento e games para trazer insights consistentes e críveis sobre as melhores opções de compras para os usuários. Ainda, para o sucesso da live, é fundamental interagir com os clientes, responder dúvidas e falar de modo claro, leve e bem-humorado”, explica a especialista, acrescentando que as empresas também devem investir em conteúdos para as redes sociais, em especial TikTok, Instagram e Youtube.
Descontos precisam ser significativos
Para entender qual deve ser o comportamento do consumidor brasileiro na Black Friday de 2022, o TecMundo realizou, em agosto, pesquisa sobre o tema entre os usuários do site. O levantamento coletou dados demográficos de idade, gênero e respostas específicas a respeito da data. Um achado interessante foi o fato de que, para 33% dos consumidores, o desconto mínimo para motivar a compra durante a Black Friday é de 50%, sendo que apenas 13% dos respondentes disseram não levar o desconto em consideração.
O local preferido para as compras na Black Friday são as lojas online, apontadas por 60% dos respondentes.
“Fica claro, portanto, que as marcas que desejam realizar ações na data devem oferecer descontos significativos. Ressalte-se que, além da redução atrativa no preço, os principais critérios observados são qualidade do produto e segurança e confiabilidade dos canais de venda”, acrescenta Joy.
Quanto os consumidores estão dispostos a gastar nesta Black Friday?
Questionados sobre até quanto pretendem gastar na Black Friday de 2022, 23% dos consumidores responderam que gastariam mais de R$3 mil, enquanto 22% disseram que gastariam mais de R$1 mil e 20% afirmaram que pretendem desembolsar de R$500 a R$1 mil. Nas faixas de menor gasto, 12% responderam que gastariam de R$300 a R$500, 13% alegaram que podem gastar de R$100 a R$300, 5% devem gastar de R$50 a R$100 e 6% querem gastar até R$50, somente.
Os respondentes também indicaram, com a possibilidade de escolher mais de uma opção de resposta, os produtos que desejam comprar em novembro: smartphones (40%); acessórios periféricos, como mouse, teclados, headsets, etc (32%); eletrodomésticos (26%); computadores ou notebooks (22%); itens de cuidado pessoal (21%); games (20%); itens de lazer (19%); tablets (14%); e pacotes de viagens (11%).
Necessidade de economizar afasta consumidores - A pesquisa ainda direcionou perguntas aos consumidores que não pretendem comprar nada na Black Friday deste ano. Os principais motivos são a falta de interesse em itens específicos (27%), a vontade de economizar (26%) e a falta de condição financeira no momento (25%). Ademais, 11% dos usuários disseram nunca terem encontrado promoções interessantes e outros 11% responderam que não fazem questão de comprar em datas promocionais. Leia também: 5 vantagens das soluções omnichannel para a Black Friday
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