No próximo domingo (21), o Brasil completa 20 anos da oficialização do Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. O grupo reúne 18,6 milhões de cidadãos, equivalente a 8,9% da população, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar da data simbólica, a inclusão de pessoas com deficiência ainda enfrenta barreiras significativas, como mostra o estudo Brand Inclusion Index.
O levantamento aponta que a discriminação permanece como experiência frequente para esse público. No último ano, 66% relataram ter sofrido algum tipo de preconceito, sendo que 59% afirmaram ter sido alvo de atitudes discriminatórias por parte de marcas. Os episódios foram registrados em diferentes contextos: 32% no ambiente de trabalho, 26% em momentos de consumo e 23% nas redes sociais.
A pesquisa também evidencia a expectativa das PCDs em relação às empresas. Para 88% dos entrevistados, é fundamental que as marcas promovam diversidade e inclusão em suas operações ou na sociedade. Ainda assim, a percepção de invisibilidade é recorrente: 64% afirmaram nunca se reconhecer em campanhas publicitárias.

Rafael Farias Teixeira, executivo de Marketing da Kantar, afirma que os relatos reforçam a necessidade de iniciativas concretas. Segundo ele, inclusão não pode ser apenas discurso. É preciso oferecer respeito, participação real e evitar o uso superficial de imagens com fins comerciais.
O estudo destaca caminhos que podem orientar as marcas nesse processo, como adotar compromissos efetivos contra desigualdades em seus setores, inovar em produtos e serviços direcionados a populações sub-representadas, garantir atendimento adaptado às necessidades específicas, oferecer ambientes seguros e desenvolver mensagens que contem histórias sob a perspectiva desses grupos.
Realizado em 18 países, o Brand Inclusion Index 2024 ouviu mais de 23 mil pessoas. No Brasil, foram entrevistados 1.012 indivíduos pertencentes a quatro grupos sub-representados: mulheres, pessoas pretas e pardas, pessoas com deficiência e comunidade LGBT+.
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