Entregas rápidas configuram um importante motivo pelo qual 49% dos brasileiros escolhem uma marca no e-commerce. O dado, divulgado pela PwC em 2021, ecoa até hoje nas práticas de grandes varejistas digitais e é uma justificativa para o aumento do uso de drones nas linhas de entrega – um mercado que deve movimentar US$ 18,65 bilhões de dólares até 2028, de acordo com a Emeng Research.
Na semana passada, o Walmart anunciou o início das entregas com drones no estado do Texas, Estados Unidos. Por lá, os aparelhos operam todos os dias, das 10h às 18h, levando produtos de até 1 kg a destinos localizados em um raio de 6,4 km das unidades Walmart participantes.
A novidade expande o serviço de entregas via drone da Walmart, iniciado em 2020 e disponível em outros estados, como Flórida e Arizona. Além disso, a medida engrossa a cada vez mais expressiva lista de empresas que apostam na ferramenta para reduzir os tempos de entregas mundo afora.
Entregas por drones são testadas no Brasil No país, o iFood foi a primeira empresa a ganhar a autorização da Agência Nacional de Aviação (Anac) para realizar entregas com drones, em parceria com a Speedbird Aero. A autorização deu início a uma fase de testes de deliveries aéreos limitados à área do Shopping Iguatemi Campinas, onde a empresa operou por dois meses antes de descontinuar o projeto.
Atualmente, o desenvolvimento do programa de entregas via drone do iFood acontece em Sergipe. Por lá, a empresa estabeleceu uma rota de entregas intermunicipais entre a capital, Aracaju, e a cidade de Barra dos Coqueiros, separadas por cerca de 3 km de distância.
A escolha do local considerou os desafios geográficos impostos às entregas terrestres. Segundo o iFood, a entrega de pedidos na cidade exigia que os motoboys atravessassem um coqueiral e um rio, ocasionando um tempo elevado de espera por causa do trânsito carregado na única ponte de acesso à cidade – barreiras contornadas por vias aéreas.
Vencidos os obstáculos, os aparelhos seguem para um ponto de coleta onde o pedido é deixado para ser adquirido por um motoboy que, então, conduz a parte final da entrega. A linha de entregas conta com a participação de marcas como McDonald’s e Madero.
A expertise da Amazon
Desde 2013, a Amazon também se notabiliza pela oferta de entregas feitas por drones em duas cidades nos Estados Unidos. Para receber a “encomenda voadora”, no entanto, os clientes precisam cumprir alguns critérios de entrega. Primeiro, é preciso selecionar um produto elegível para a entrega via drone. Depois, os consumidores precisam selecionar a opção de entrega “hoje: em menos de uma hora”.
Já as regras para o pouso do aparelho variam de acordo com o tipo de moradia do consumidor. Moradores de residências comuns devem estabelecer um local específico para a descida do aparelho, verificado por um marcador. A Amazon solicita o aparo da grama ao redor do ponto de pouso e recomenda que pessoas, animais de estimação e objetos estejam a pelo menos 5 metros de distância do ponto de entrega.
O processo de recebimento é um pouco mais simples aos moradores de apartamentos. Neste caso, após receber a notificação do item entregue, o consumidor deve se dirigir à área de entrega de drones do prédio, utilizar o código de acesso do portão fornecido anteriormente para entrar na área e coletar o pacote.
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