Em um mundo onde a trajetória profissional raramente segue um caminho linear, a história de Suzane Veloso mostra que o acúmulo de experiências, somado à capacidade de adaptação, pode ser o maior diferencial de uma liderança moderna. Jornalista de formação, com registro profissional no Rio de Janeiro, iniciou a carreira em redações, passou pelas maiores agências de publicidade do país, liderou áreas de comunicação em e-commerces e hoje ocupa a cadeira de CMO em uma das maiores consultorias de gestão empresarial do Brasil, a Falconi.
Hoje, na liderança do Marketing, Suzane é exemplo de reinvenção profissional e conta que sua grande escola foi o próprio mercado. “Minha formação foi sendo construída a partir da vivência. Comecei no jornalismo, e os anos de redação me deram ferramentas essenciais de prontidão, narrativa e capacidade de adaptação a cenários inesperados”, relembra.
Ainda na faculdade, foi contratada por um dos principais jornais do Rio: O Globo. Lá, passou por diversas editorias — geral, esportes, política — até se fixar na editoria de economia. Foi justamente ali, cobrindo o mercado de publicidade, que surgiu o convite para migrar de área e de cidade: deixou o Rio rumo a São Paulo para mergulhar no universo da propaganda.
Na capital paulista, Suzane mergulhou em uma nova linguagem — a da propaganda — aprendendo com nomes como Roberto Dualib, da DPZ, e Mauro Salles, ainda nos tempos da Salles. Depois, viveu o auge criativo da DM9, participando da expansão internacional da agência e de movimentos estratégicos que culminaram na venda para a DDB Worldwide.
“Estávamos o tempo todo em reuniões em Londres, Paris, Nova York. Eu via, ali, a criatividade brasileira sendo valorizada globalmente. Era desafiador e empolgante ao mesmo tempo”, contou.

A executiva seguiu então para o Zip.Net,operação de mídia digital da Portugal Telecom no Brasil, como head de comunicação. A experiência abriu portas para uma nova fase, mais técnica e voltada à construção de reputação corporativa.
Essa bagagem se somou ao seu desejo de empreender: fundou uma consultoria com foco em PR e reposicionamento de marcas, atendendo de aviação a moda. Mas um novo convite a levou de volta à publicidade, dessa vez como parte do núcleo de estruturação do Grupo ABC, comandado por Nizan Guanaes.

A virada digital com o Walmart
Foi Fernando Madeira quem a convidou para liderar a área de comunicação dp e-commerce do Walmart no Brasil. “Naquela época, nem se falava tanto de canais. Estávamos desbravando o que hoje é padrão no varejo digital”, relembra.
Com um olhar afiado para o comportamento do consumidor, Suzane ajudou a criar soluções centradas na experiência, segurança e fidelização, em um momento em que o abandono de carrinho era uma das grandes dores do setor.
A executiva lembra com clareza como o brasileiro sempre foi early adopter. “O consumidor no Brasil abraça o novo com muita rapidez, especialmente em setores digitais. Isso influencia tendências globais”, reflete. Foi nesse ambiente que ela ajudou a criar experiências e produtos pioneiros, muitas vezes educando o mercado sobre novos hábitos de compra.
Após anos no Walmart, decidiu dar um novo passo: migrar para conselhos e adotar um estilo de vida mais nômade, dividindo o tempo entre Brasil e Europa. “Já trabalhava remotamente muito antes da pandemia. Sempre fui adaptável”, conta.
Antes mesmo da COVID-19, assumiu a liderança de uma operação de reputação e branding que atendia empresas como Globo, BuzzFeed e Walmart – já sob um modelo híbrido. Em paralelo, integrou o conselho da Omnilogic, startup de IA surgida na UFMG, que atuava em todo o ecossistema de e-commerce nacional.
A chegada à Falconi e o papel transformador do conteúdo
O convite para integrar a Falconi veio de Viviane Martins, então CEO da consultoria. “Foi a primeira vez que a empresa teve um CMO. Era um desafio muito conectado com a minha história.”
Hoje, Suzane lidera uma estratégia de Marketing robusta, que une branding, mídia, conteúdo e eventos — com foco na geração de valor tangível. Um dos pilares são as séries proprietárias, como “Falconi para a Vida Toda”, “Resultados na Prática” e “Conversa de CEO”, esta última em parceria com a Exame. O conteúdo é amplificado por artigos, newsletters e ativações em eventos, como a Brazil Week em Nova York.
A newsletter da Falconi, lançada recentemente no LinkedIn, conquistou 70 mil assinantes em apenas uma semana. “Marketing sem conteúdo é fachada. E conteúdo sem estratégia é ruído. É na conexão entre os dois que criamos impacto”, defende.
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Uma liderança que integra e inspira
“Não existe mais separação entre comunicação, conteúdo e performance”, afirma a executiva. Ela comanda uma estrutura que conecta diferentes áreas e promove encontros mensais com todos os times para garantir que a marca esteja alinhada de dentro para fora.
A executiva também destaca a importância de trazer o lado humano para dentro da estratégia: “A Falconi tem como principal insumo cérebros — inteligência humana e, cada vez mais, artificial. Então, precisamos contar histórias que reforcem esse valor. O colaborador também é um público importante. Conteúdo relevante ajuda a criar pertencimento”.
Para garantir alinhamento, a área de Marketing da Falconi realiza encontros periódicos com o time. “Começamos o ano e cada mês com um All Hands. Todo mundo precisa saber onde estamos e o que falta para chegar lá. É assim que criamos uma experiência integrada de marca para todos, de dentro para fora”, afirma.
Com base em sua vivência, reforça a importância da linguagem e da clareza. “A forma como escrevemos importa. A boa comunicação é um compromisso social. Ela precisa informar, emocionar e mover.”

Presença confirmada no CMO Summit 2025
No CMO Summit, Suzane abordará o papel estratégico do Marketing de Conteúdo, utilizando de sua experiência com o branding em negócios B2B e os aprendizados de quem cruzou redações, agências, multinacionais e startups. “Quero compartilhar uma visão que vai além da tática. Marketing é cultura, é estratégia e é, cada vez mais, responsabilidade social.”
Ela conta que reencontrará colegas de longa data e tem curiosidade de ver de perto nomes como a executiva do Duolingo, que se projetou no período em que ela estava fora do Brasil. “Tenho muito a aprender e espero também compartilhar algo na minha ótica de B2B. Será um evento espetacular. É impressionante ver tantas indústrias diferentes mostrando a força estratégica do Marketing”, pontuou.
Com uma trajetória construída sobre reinvenções, ela faz uma provocação: “Às vezes, o caminho não é linear. Mas cada etapa pode te preparar para liderar o que vem depois. Se você conseguir conectar os pontos, pode construir algo único.”
E encerra com a máxima jornalística que carrega até hoje como mantra profissional: “Quem, como, quando, onde e por quê. Isso vale para reportagens, mas também para decisões de carreira. Entenda os movimentos do mercado, acompanhe as narrativas das empresas. O que elas fazem tem muito a ensinar sobre o que você também pode fazer”, conclui.
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