A Inteligência Artificial (IA) está transformando o mercado com promessas de eficiência e inovação, e no universo do marketing não poderia ser diferente. Soluções que antes pareciam distantes agora oferecem facilidades como a geração de copy, criação de vídeos, análise de tons de comunicação e muito mais. Porém, em meio à avalanche de ferramentas e tendências, é fácil cair no FOMO, sigla para Fear of Missing Out, que seria o medo de ficar para trás ao não aderir algo que esteja em voga no momento.
Mas, será que, ao focar na tecnologia, não estamos perdendo de vista o essencial? No final das contas, fazer marketing de forma eficaz não se trata apenas sobre usar a ferramenta mais avançada, e sim sobre criar conexões reais com as pessoas. Isso porque o que se propõe criar em marketing é, justamente, atender os anseios do seu cliente.
O que vem de encontro à seguinte questão: como escolher as soluções certas e garantir que a IA esteja a serviço do seu negócio, sem esquecer o que realmente importa: a relação com seu público?

O fundamental é pautar as ações visando a conexão com o público, usando o que a IA oferece para ser mais relacional. Ou seja, conversar com o cliente e com o seu colaborador para entender o que está acontecendo e ter insights. E, nesse processo, o que fazer para ter mais potencial de informação e inferência? É aí que entram as ferramentas.
Na mesma medida em que existem as facilidades, a desinformação caminha lado a lado. É comum que, ao nos depararmos com uma infinidade de possibilidades, sejamos paralisados pela indecisão. Ou seja, quantidade não significa qualidade. Aqui, uma saída é contar com o apoio de especialistas para separar o “joio do trigo”. E os caminhos são muitos, como a busca pelo conhecimento via lifelong learning.
Desafio: engajar a cultura organizacional a aderir a tecnologia
Engana-se quem pensa que tudo estará resolvido após avaliar as soluções de IA e escolher aquela que vai servir às suas necessidades. Isso porque vem à tona um segundo desafio: o de estimular a adesão das equipes à nova ferramenta. Quando se compra a licença achando que a tecnologia vai resolver todos os problemas, de nada adianta se a cultura existente não é de solução ou conexão, mas de resolução de impasses e ainda gasta-se uma fortuna de licença para deixar uma tecnologia subutilizada.
Desse modo, o primeiro grande passo é desenvolver uma cultura forte. Quando se sabe a dor que precisa resolver, fica mais fácil. A empresa que não tem cultura focada em entender o que o cliente quer, vai cair nas mesmas armadilhas pautadas pela moda em usar a tecnologia X ou Y. Por isso, é importante avaliar o trinômio pessoa-processo-tecnologia, colocando primeiro as pessoas em foco, depois avaliar os processos para atender suas dores e, somente em seguida, mapear o ferramental tecnológico para operacionalizar as ações.

Com pessoas envolvidas e engajadas, colaborando para cocriar, passa-se a olhar os processos a fim de alcançar o melhor resultado. Depois disso, cada setor tem um processo e todos eles devem gerar uma cadência a qual precisa ser metrificada de forma constante para entender até que ponto caminham em direção ao objetivo a ser conquistado. E é aqui que entra a tecnologia para potencializar o trabalho das pessoas junto aos processos.
Humanizar o Marketing: peça-chave nessa equação
Ou seja, mais do que usar IA, é essencial antes gostar de gente, ter escuta ativa, ir além de simplesmente analisar relatórios. As lideranças precisam “descer do salto” e conversar com quem está trabalhando na ponta, acompanhando desde o balcão até o call center a fim de entender como tudo funciona.
Os negócios com resultados diferenciados e fora da curva ocorrem quando a liderança sente a dor ou alegria do que acontece em toda a cadeia. Ter esse pulso de tempos em tempos faz toda a diferença.

Além disso, tudo deve partir da inovação e da criatividade. E isso passa por repensar novas formas de fazer. Outro meio de humanizar o marketing é validar os acordos entre todos os stakeholders.
Portanto, é fundamental entender quais são os os anseios e o que o seu público deseja, usando a neuroplasticidade, ou seja, a inteligência e a capacidade humanas de organizar as informações em nossa mente, para se aproximar dele. É a conexão que faz as vendas acontecerem pela confiança estabelecida com as pessoas.
A tecnologia permite aproximar e nos deixar cada vez mais únicos. Buscar um caminho interativo para entender o seu público e reposicionar o negócio, usando a criatividade e inovando os meios, fará seu negócio decolar. No fim das contas, é fundamental ter em mente que a IA é o meio, não o fim, auxiliando pessoas e processos.
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