Criar a sensação de pertencimento e fazer com que as pessoas se reconheçam como partes importantes de um grupo ou comunidade: este é um dos objetivos mais importantes do Marketing moderno, sobretudo nos canais digitais. Igualmente importante é a meta de estabelecer conexões mais assertivas com o público jovem, os consumidores do futuro. Mas qual é a relação entre estas duas tarefas?
Durante um painel apresentado no evento SXSW, nos Estados Unidos, Katya Hancock, diretora executiva da ONG Young Futures, compartilhou dados alarmantes sobre a solidão relatada pelas gerações mais jovens. Atualmente, 50% dos adolescentes sentem que não se encaixam, não tem um lugar no mundo, e 25% dizem que se sentem muito solitários o tempo todo ou a maior parte do tempo.
Neste panorama, seria de se esperar que a internet, local onde os adolescentes passam boa parte de seu dia-a-dia, fizesse o papel de um agente conciliador, integrando-os a comunidades relacionadas aos interesses de cada indivíduo. No entanto, Emily Weinstein, pesquisadora de Harvard, comenta que a tecnologia está amplificando situações de tensão.
Nos últimos anos, termos como “Fear Of Missing Out” (FOMO), que descreve o medo gerado pela possibilidade de perder algum evento ou novidade, e “Knowledge of Missing Out” (KOMO), utilizado para descrever a ansiedade desencadeada pela ciência de que estamos perdendo alguma coisa, evidenciam que os membros das novas gerações sabem e sentem quando são excluídos de certas situações.
O que isso tem a ver com o Marketing? Segundo Luiz Menezes, fundador da Trope, os membros da Young GenZ (13 aos 17 anos) são grandes consumidores e produtores de conteúdo. Em função disso, é importante que os adultos - o que inclui as marcas que dialogam com este público - ofereçam espaço para que os jovens se expressem e deem assistência ao que for necessário, agindo como aliados e buscando estabelecer conexões com os problemas e pensamentos dos adolescentes.
Menezes completa pontuando que boa parte dos GenZ sofre de ansiedade, depressão e problemas psicológicos, e portanto, o apoio para lidar de forma mais saudável com as redes sociais se faz extremamente necessário, principalmente pensando no efeito KOMO.
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