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Coca-Cola confirma criação de refrigerante adoçado com açúcar de cana nos EUA

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Tempo de Leitura 3 min

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22 de jul. de 2025

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Notícias

A Coca-Cola anunciou nesta terça-feira (22), os resultados financeiros do segundo trimestre de 2025. Mesmo com a indicação de um leve crescimento de receita da empresa nos Estados Unidos – impulsionado, principalmente, por estratégias de precificação – o grande destaque do balanço financeiro foi a confirmação da mudança da receita da bebida mais icônica da marca no país.

Em comunicado oficial, a liderança da companhia escreveu que “como parte de sua agenda contínua de inovação, neste outono nos Estados Unidos, a empresa planeja lançar uma versão feita com açúcar de cana norte-americano para ampliar a linha de produtos da marca registrada Coca-Cola”. 

A ideia, prossegue o comunicado, é “complementar o sólido portfólio principal da empresa e oferecer mais opções para diferentes ocasiões e preferências”. Embora não substitua a fórmula original, a nova receita marca uma das mais significativas alterações no portfólio da companhia nos últimos anos e atende a uma crescente demanda por produtos com ingredientes considerados mais naturais.


Motivações e reações

Embora a Coca-Cola tenha evitado politizar o anúncio, a decisão veio dias após declarações públicas do presidente norte-americano Donald Trump, que afirmou ter pressionado a empresa para trocar o adoçante industrializado por açúcar de cana. A fala foi reforçada pelo atual secretário da Saúde dos Estados Unidos, Robert F. Kennedy Jr., que elogiou a medida como um passo em direção a ingredientes “mais saudáveis”. 

Especialistas consultados por veículos como The Guardian e CBS News ressaltam que, do ponto de vista calórico e metabólico, açúcar de cana e xarope de milho oferecem impactos semelhantes à saúde. A diferença, segundo nutricionistas, está mais na percepção do consumidor e no sabor final do produto. 

Ainda assim, a alteração tem gerado reações. A Corn Refiners Association, que representa os produtores de milho, divulgou nota criticando a decisão da Coca-Cola, alegando que ela pode prejudicar o setor agrícola americano, elevar custos de produção e estimular a dependência de insumos importados.

Internamente, a nova fórmula deverá exigir ajustes logísticos e operacionais, já que a substituição do xarope de milho — um insumo barato e amplamente disponível nos EUA — por açúcar de cana implica mudanças na cadeia de suprimentos. Ainda assim, a Coca-Cola aposta que a aceitação do novo produto compensará os custos. 


Possíveis Impactos e histórico de mudanças

A iniciativa também pode reposicionar a marca entre consumidores mais atentos à composição dos alimentos e acostumados a versões importadas, como a “Mexican Coke”, já popular entre nichos nos EUA.

Essa não é a primeira vez que a Coca-Cola altera sua fórmula nos Estados Unidos, mas é a primeira em décadas que a empresa oferece ao público duas versões diferentes do mesmo refrigerante com foco nos tipos de adoçante. 

A lembrança mais traumática para a marca continua sendo o fracasso da “New Coke”, lançada em 1985 e rapidamente retirada do mercado após forte rejeição. Desta vez, no entanto, a companhia evita riscos: mantém a fórmula tradicional, apenas adicionando uma nova opção ao portfólio, sem qualquer reposicionamento drástico.

Leia também: Coca-Cola aposta em Labubu para engajar com a Geração Z

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Ian Cândido

Repórter

AUTOR

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