O entusiasmo crescente em torno da inteligência artificial pode estar inflando uma peculiar bolha de mercado. A avaliação é de Sam Altman, CEO da OpenAI, que comparou o momento atual a ciclos históricos de excesso de otimismo em tecnologia, como a bolha das pontocom no fim dos anos 1990 e a crise imobiliária dos anos 2000.
Bolhas normalmente nascem de uma verdade incontestável, mas acabam distorcidas pelo excesso de confiança dos investidores. Quando as bolhas acontecem, pessoas inteligentes ficam empolgadas demais com um núcleo de verdade, disse Altman em um encontro com jornalistas.
Na avaliação do CEO, o setor dá origem a duas realidades: uma fase de supervalorização e, ao mesmo tempo, um avanço genuíno de enorme relevância. Embora acredite que a IA seja o acontecimento mais importante em muito tempo, Altman afirmou que há “muito exagero” no que diz respeito à tecnologia, sobretudo entre os investidores.

Um gigante em crescimento
Reunindo cerca de 700 milhões de usuários semanais, o ChatGPT ocupa a quinta posição entre os sites mais acessados do mundo. Projeções mostram que o volume de visitas ao site da OpenAI deve ultrapassar em breve o Instagram e o Facebook, mas enfrentar o Google como concorrente direto é um desafio encarado por Altman como “muito mais difícil”.
Para sustentar a expansão, o executivo destacou que uma das prioridades da OpenAI é garantir mais GPUs e ampliar a infraestrutura. Antecipando o futuro, o CEO sinalizou planos de gastos na casa dos trilhões de dólares, que serão investidos na construção de data centers “em um futuro não muito distante”.
O posicionamento de Altman reforça o dilema vivido pela indústria: enquanto investidores apostam pesado no potencial transformador da inteligência artificial, cresce também o debate sobre a possibilidade de uma supervalorização que se descole dos fundamentos econômicos.
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