O conceito do termo longevidade é compreendido plenamente por apenas 38% dos brasileiros, conforme aponta uma pesquisa desenvolvida pelo Grupo Bradesco Seguros em parceria com o Instituto de Pesquisa Locomotiva e o especialista em envelhecimento Alexandre Kalache.
Pensando nisso, a instituição desenvolveu o Indicador de Longevidade Pessoal (ILP) dos brasileiros. Em uma escala de 0 a 100, que avalia parâmetros desde saúde física e mental a interações sociais e educação financeira, a média da população brasileira é de 64 pontos – ressaltando que há espaço para melhorias para uma vida mais longeva.
Neste panorama, apesar de apenas 46% dos entrevistados avaliarem o tema como uma prioridade pessoal, oito em cada dez pessoas demonstraram interesse em adquirir mais conhecimento sobre longevidade. Segundo Regina Macedo, superintendente de Comunicação do Grupo Bradesco Seguros, a avaliação do ILP proporciona uma visão holística de qualidade de vida e sua manutenção com o passar da idade.
Fatores que impactam a longevidade
De modo geral, as finanças se mostraram o aspecto mais desafiador da longevidade para os brasileiros: somente quatro em cada dez entrevistados possuem reserva financeira para a aposentadoria. Ainda assim, quase metade (49%) considera que suas atitudes financeiras contribuem para a longevidade.
A saúde mental também foi um pilar com baixo desempenho. Apesar de 61% das pessoas considerarem que suas ações com a saúde mental contribuem muito para a longevidade, apenas 29% afirmaram ter muitas oportunidades para cuidar da mente por realizar ações como atividades de lazer.
O brasileiro demonstra preocupação com os cuidados com a saúde, comumente associados à longevidade, mas alguns recortes se destacam negativamente: 52% dos brasileiros entre 18 e 29 anos buscam atendimento de saúde apenas quando estão com muito incômodo/problemas graves de saúde, e menos de 1/3 da população come três ou mais porções de frutas, legumes ou verduras por dia.
Dados do estudo apontaram, também, que a sociedade ainda não atribui aos idosos conceitos como como vida social ativa, com 80% dos respondentes associando-os a conceitos conservadores. Estas percepções, no entanto, provam-se um tanto equivocadas, conforme explicou Alexandre Kalache.
O especialista em envelhecimento destacou que as pessoas mais velhas são mais ativas e exemplares que os jovens em diversos aspectos. 65% do público 50+ afirmaram estar satisfeitos com suas relações pessoais, enquanto os jovens de 18 a 29 anos demonstraram ter mais frustrações nessa área.
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