Uma notícia bomba no começo deste ano abalou os mercados financeiro, varejista e publicitário e pegou todo mundo de surpresa: o rombo contábil das Lojas Americanas. Isso teve reflexo imediato em uma das maiores audiências da TV brasileira, o Big Brother Brasil. De acordo com levantamento realizado pela Vert.se Inteligência Digital, empresa de business intelligence com foco em dados de redes sociais, apenas na semana de estreia do programa, dia 16, foram mais de 17 mil menções às Americanas no contexto do BBB, porém, com conversas mais voltadas à crise da empresa.Em 2022, a Americanas foi a marca mais lembrada pela audiência, após sua participação no Big Brother Brasil. Em 2023, mesmo com o anúncio de rombo financeiro em mais de R$ 20 bilhões e expressiva queda nas ações, forçando sua saída como patrocinadora da atração da TV Globo, ela seguiu fortemente ligada ao reality show. O levantamento da Vert.se observou mais de 26 mil menções às Americanas apenas no dia seguinte ao descobrimento do rombo bilionário, em 12 de janeiro, sendo que a média semanal era de aproximadamente duas mil citações por dia.
Quando a marca oficializou sua saída do programa, o anúncio sobre quem ocuparia a cota de patrocinador master do BBB 23 continuou forte nas redes sociais, ainda com Americanas em destaque. Apesar de Magalu ter entrado na disputa, o Mercado Livre se pronunciou oficialmente como estreante no reality, porém o anúncio gerou um engajamento tímido. A marca ainda não aparece entre as mais lembradas pelo público, por enquanto, mas já apostou em uma página com produtos exclusivos do programa."Mercaaaado!" – As redes sociais têm uma característica bem peculiar ao possibilitar voz para os fanáticos. Um dos pontos que os “saudosos” da marca Americanas reclamaram foi o fato de não ouvirem o famoso grito do “Mercaaado”, marcado de forma singular após as compras da semana dos confinados. A saída da marca impactou também na troca do supermercado da casa. Quem voltou a assumir o cargo foi o Carrefour, que havia deixado de fazer a ação em 2014.Mas a marca ainda não está tão bem posicionada nas conversas, como a Americanas esteve na edição passada, e ocupa hoje o 16º lugar entre os patrocinadores mais citados. Além da baixa frequência, são comuns os posts com teor negativo ao novo mercado da casa, seja com críticas ao apelido “Carrefas” ou a algumas polêmicas já enfrentadas pela empresa anteriormente, como casos de racismo e violações trabalhistas, por exemplo.Leia também: Bagaggio é a responsável por malas, mochila e acessórios do BBB23Mais patrocinadores nas redes - A 23ª edição do BBB une muita força nas redes e um grande conjunto de marcas patrocinadoras, 34 no total, maior número da história da atração. Entre 16 de janeiro e 5 de fevereiro, o #BBB23 havia atingido quase 4 milhões de citações apenas no Twitter, rede em que mais se comenta o programa. Somente na primeira semana de exibição, foram registradas 2,5 milhões de conversas na internet.Uma pesquisa feita pelo portal Terra apontou que 81% dos espectadores de reality shows tendem a se interessar pelos produtos que aparecem nesses programas, explicando o forte e rápido interesse das marcas para ocupar o lugar das Americanas no BBB. Desde a estreia do programa, as marcas parceiras desta edição foram oscilando no volume de menções nas redes, com Stone (10,6 mil menções) e TikTok (7,9 mil menções) expressivamente na frente, conseguindo gerar o maior número de buzz.Talvez você goste desse case: A estratégia de Doriana no BBB23: versatilidade e ocasiões de consumo real como propaganda Ranking das marcas mais citadas desde o início do programa
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