Estamos vivenciando uma mudança de paradigma no universo dos negócios, em especial na relação entre empresas e clientes. Outrora, clientes eram atores passivos nos processos decisórios das organizações, ou seja, apenas recebiam incentivos de marketing e, a partir disso, optavam pela oferta a ou b. Hoje, apontam diversos trabalhos, os clientes desejam um modelo colaborativo e participativo, onde se tornem protagonistas na construção de experiências e personalizações significantes, cocriação de produtos e serviços e inovações que façam sentido para suas vidas.
O Engajamento do Cliente (Customer Engagement), termo que em grande medida sumariza essa tendência mercadológica, precisa estar no radar das empresas e profissionais de marketing visto o seu potencial de geração de valor. Uma das formas de incorporar seus clientes e audiências ao seu ecossistema de negócios é por meio das comunidades corporativas. Nessas comunidades, eles encontrarão um terreno fértil para a promoção de interações significativas, estímulo à participação ativa e a oportunidade de contribuir para o desenvolvimento da marca e de seus produtos.
Para que sua empresa possa engajar clientes e entusiastas em torno de uma comunidade corporativa vibrante, precisamos nos atentar para os seguintes aspectos:
1. É crucial ir além da simples agregação de indivíduos e entender as motivações, os níveis de envolvimento e os diferentes papéis que os membros desempenham dentro da comunidade;
2. Segmente a audiência e identifique os membros com maior potencial de engajamento, ou seja, identifique as lideranças e formadores de opinião;
3. É fundamental que os membros da audiência se sintam parte de algo maior, com valores e objetivos compartilhados, logo é importante definir um propósito claro e inspirador para a comunidade, que motive os membros a se engajarem ativamente;
4. A comunicação transparente, o feedback constante e a criação de oportunidades para colaboração e cocriação são essenciais para fortalecer o senso de comunidade e pertencimento;
5. Uma gestão efetiva da comunidade, por sua vez, orquestra um ambiente positivo e inclusivo, onde todos se sintam à vontade para participar, assim como orienta as discussões, incentiva a participação e garante a coesão da comunidade.;
6. O reconhecimento e a recompensa da participação ativa são importantes para manter o engajamento da comunidade;
7. É importante monitorar os resultados da comunidade, coletar feedback dos membros e avaliar o impacto da comunidade nos objetivos de negócio;
8. A escolha das plataformas e ferramentas tecnológicas adequadas é crucial para facilitar a comunicação, a colaboração e o compartilhamento de conhecimento.
Por fim, não se trata apenas de migrar para plataformas digitais, mas de reestruturar a relação empresa-consumidor, criando um ecossistema de negócios colaborativo, por meio das comunidades, onde os clientes se tornam protagonistas no desenvolvimento da marca e de seus produtos/serviços. As empresas que reconhecerem o poder das comunidades corporativas e se adaptarem a essa nova realidade estarão melhor posicionadas para prosperar em um mercado hipercompetitivo e orientado pelo consumidor.
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