A relação “influenciador certo para a marca certa” descreve um dos pilares para o sucesso de campanhas de Marketing de Influência. Ao mesmo tempo, a equação exige atenção. A escolha do influenciador certo passa pela análise de dados e informações que possam verificar a compatibilidade de um influencer com o público a ser alcançado, o que passa pela identificação do local frequentado pelo target em questão.

Pensando nas etapas que envolvem a seleção dos influenciadores adequados para campanhas específicas, uma pesquisa realizada pela Influency.me se propôs a desenhar o perfil do influencer brasileiro. De acordo com os dados coletados, 96% das ativações com influenciadores são realizadas com influencers que atuam no Instagram.

O dado indica que as empresas entenderam a necessidade de estar onde o consumidor está. Isso porque o Instagram, utilizado de forma ativa por 78% do público brasileiro, é a rede social mais utilizada no país e possui a menor taxa de abandono (2%) entre os canais digitais mais acessados no Brasil.

Embora outras plataformas estejam ganhando destaque na Creator’s Economy, a predileção pelo Instagram continua em alta também entre as empresas. Para Rodrigo Azevedo, CEO da Influency.me, essa preferência pode ser explicada pelo fato de que o Instagram se tornou uma espécie de rede coringa, e pode ser utilizado de maneira eficiente em todos os tipos de ação.

Sobre outras plataformas em ascensão, Azevedo destaca que o TikTok ainda é uma rede nova, mas mostra um alto crescimento de adesão das marcas em relação aos anos anteriores. Já as outras redes possuem particularidades: a publicidade no Youtube costuma ser mais cara; no Linkedin, mais profissional; na Twitch, mais voltada para games.

Micro, meso e macro influenciadores predominam 

Nem sempre, o melhor influenciador será aquele que possui o maior número de seguidores. Estratégias que visam a comunicação assertiva com nichos específicos, por exemplo, se beneficiam de parcerias com influencers nativos daquele mesmo nicho, que tendem a se encaixar na prateleira dos micro, meso ou macro influenciadores.

Neste panorama, a pesquisa aponta que 33% dos influenciadores brasileiros possuem entre 2 mil a 10 mil seguidores (micro), 40% têm de 10 mil a 50 mil seguidores (meso), 10% são seguidos por grupos que flutuam entre 50 mil e 100 mil pessoas (macro). Somados, os três grupos correspondem a 83% dos influencers do país.

Os 17% restantes se dividem entre os mega influencers (14%), que possuem entre 100 mil e 500 mil seguidores, e as celebridades (3%), que ultrapassam a faixa dos 500 mil seguidores nas redes sociais.

Sobre a distribuição, Azevedo destaca que os meso e macro influenciadores são considerados intermediários em termos de audiência e costumam ter público diverso e engajado, podendo pertencer a um nicho específico. Por isso, podem ser uma opção mais acessível para as marcas que desejam falar com públicos mais específicos.

Nuances regionais 

De acordo com a pesquisa, metade dos influencers brasileiros vivem na região Sudeste. Porém, na entrega do conteúdo, muitos desses influenciadores alcançam outras regiões do país e até brasileiros no exterior. Por isso, é essencial valorizar a diversidade de perfis na hora de escolher influenciadores para uma campanha.

Neste panorama, Azevedo destaca que os influencers da região Norte e Nordeste - nas quais também predominam influenciadoras mulheres - tendem a produzir conteúdos voltados para a divulgação da cultura local, abarcando receitas, tradições e festas regionais, espalhando-as para o resto do país ao mesmo tempo em que conversam com públicos mais próximos desta realidade.

O CEO destaca que a difusão cultural trabalhada pelos influencers das regiões Norte e Nordeste agrega muito para o reconhecimento e engajamento do público, pois esses influenciadores já têm uma linguagem e tom de voz definidos, que geram proximidade com quem os acompanha.

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