Apesar do avanço do comércio eletrônico nos últimos anos, a insegurança dos consumidores ainda representa um grande desafio para o setor. 80% dos brasileiros temem ser vítimas de fraudes online, e 35% consideram as compras virtuais a atividade mais vulnerável ao acesso indevido de seus dados pessoais, conforme aponta uma pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN).
Mesmo com a evolução das tecnologias de segurança, o receio de exposição de informações sensíveis ainda impacta a decisão de compra. Para Eduarda Camargo, Chief Growth Officer da Portão 3 (P3), a falta de transparência e segurança nas plataformas é um dos principais fatores que alimentam essa desconfiança.

As pessoas temem que seus dados sejam vazados ou usados indevidamente, principalmente em sites pouco conhecidos ou que não transmitem credibilidade. A ausência de selos de segurança e de políticas claras de privacidade reforça essa percepção negativa, defende a CGO. Esse cenário, explica Eduarda, afeta diretamente as taxas de conversão das empresas, já que muitos consumidores hesitam antes de concluir uma compra.
O crescimento dos golpes financeiros na internet também contribui para essa cautela. O estudo da FEBRABAN aponta que muitos usuários evitam inserir dados sensíveis, como números de cartões de crédito e senhas, por medo de ataques cibernéticos. Embora essa preocupação seja compreensível, ela representa um obstáculo para o e-commerce, que depende da confiança do consumidor para expandir suas operações.
O que fazer?
Além de oferecer diferentes opções de pagamento, a adoção de certificados de criptografia, como o SSL (Secure Sockets Layer), e a exibição de selos de confiança reconhecidos são medidas fundamentais para reforçar a segurança. Empresas que comunicam de forma clara e transparente como lidam com os dados dos usuários estabelecem uma relação de credibilidade e demonstram comprometimento com a proteção das informações.

Para que o e-commerce alcance todo o seu potencial, as empresas precisam investir em segurança e transparência digital. Eduarda ressalta que garantir que o usuário tenha uma experiência confiável e sem riscos é essencial para fidelizar clientes e expandir os negócios. O mercado online continuará crescendo, mas apenas as empresas que priorizarem a proteção dos dados estarão preparadas para consolidar sua posição.
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