A conferência de setembro da MarTech serviu como um farol para onde o Marketing está caminhando. Entre debates sobre inteligência artificial, governança de dados, stack tecnológico e jornada do cliente, emergem tendências que definirão o ritmo para as estratégias vencedoras ainda em 2025.
Até o fim do ano, a transformação será pragmática: não basta imaginar o que a IA poderia fazer, mas estruturar os dados, a cultura, a transparência e a marca para lidar com a tecnologia. Para quem atua com SEO, Marketing digital ou gestão de marca, ignorar essas mudanças já não é uma opção.
Os insights da MarTech Conference apontam para uma virada definitiva. Em 2025, a IA deixará de ser um “plus” experimental para se tornar parte central das operações. Mas isso só será possível para empresas que estruturarem dados, criarem governança sólida, adotarem transparência e entenderem que Marketing digital e SEO caminham lado a lado nesse novo ecossistema.

Qualidade dos dados: o pilar que antecede a IA
No painel “How to get your organization aligned for the AI age”, ficou claro que a inteligência artificial expõe e penaliza dados de baixa qualidade. Isso significa que, antes de projetos ambiciosos, é preciso investir em governança, padronização e definição clara de responsabilidades. A lógica é simples: “garbage in, garbage out”. E o reflexo no SEO é de que os motores de busca valorizam fontes confiáveis, dados estruturados limpos e métricas consistentes.
O novo perfil do profissional de Marketing: dados, ética e narrativa
Para Anthony Coppedge, o profissional de Marketing de sucesso em 2025 deverá combinar três competências: interpretar dados, entender compliance e ética, além de contar histórias que se conectam emocionalmente. Não basta dominar ferramentas, agora é preciso empatia e consciência dos limites legais. Essa combinação fortalece não só a estratégia de marca, mas também sua performance em SEO, já que o Google privilegia conteúdos que transmitam autoridade, reputação e experiência, alinhados ao conceito de E-A-T.

Governança de IA: não espere leis, use princípios existentes
Enquanto muitos aguardam legislações futuras, a recomendação é aplicar desde já princípios de normas já existentes, como GDPR e CCPA. Isso inclui consentimento claro, direito de optar por não ser perfilado, transparência, mitigação de viés e explicabilidade de decisões automatizadas. A privacidade e a clareza no uso de dados são não apenas fatores de compliance, mas também determinantes de confiança com o consumidor e de boa experiência para motores de busca.
IA como agente ativo: tratá-la como parte do time
Ali Schwanke e A.J. Sedlak defenderam que agentes de IA devem ser tratados como parte do time: com objetivos, métricas de desempenho, auditorias e limites claros. A autonomia total pode gerar erros ou vieses que comprometem a marca. Implementar políticas de supervisão garante eficiência e segurança. A recomendação é semelhante: revisar conteúdos e automações feitas com IA, evitando plágio, erros factuais ou baixa qualidade que prejudiquem o ranqueamento.

Arquitetura sem um único centro fixo
Como lembraram Angela Vega e Florian Delval, a ideia de um centro único — geralmente representado por um CRM dominante — está ultrapassada. O futuro aponta para stacks modulares, com ferramentas especializadas integradas via data warehouses em nuvem. Isso permite flexibilidade, adaptação e menor dependência de um único núcleo rígido. Para as marcas, significa mais liberdade para incorporar novas soluções de SEO, analytics e CMS, sem ficar presas a plataformas que possam engessar a evolução.
O cliente define sua própria jornada — esqueça caminhos lineares
O modelo de jornada linear deixou de existir. Hoje, consumidores transitam entre múltiplos pontos de contato, como e-mail, redes sociais, aplicativos e sites, de forma não linear. O desafio é orquestrar dados em tempo real para oferecer personalização omnichannel. Passa a ser necessário otimizar para pesquisas locais, voz, dispositivos móveis e micro-momentos, equilibrando conteúdos evergreen com respostas rápidas a intenções específicas.
Transparência e ética são moedas valiosas na era da IA
Mais do que textos legais complexos, consumidores querem clareza sobre como seus dados são usados e por quais decisões automatizadas passam. Políticas de privacidade acessíveis, ferramentas de controle de dados e explicações simples fortalecem a confiança. Reputação online, reviews positivas, certificações de segurança e clareza de uso de dados influenciam diretamente a forma como buscadores e usuários percebem e priorizam a marca.
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