Personalização, comunidade e sustentabilidade lideram as tendências que devem nortear o consumo nos próximos anos, conforme aponta o estudo Global Consumer Trends 2025, da Mintel. A pesquisa explora como as mudanças nos comportamentos dos consumidores estão moldando novas oportunidades e desafios para marcas globais.
O relatório indica que as dinâmicas de consumo evoluem em um cenário onde tanto marcas quanto consumidores oscilam entre o controle e a incerteza. Para Cristiane Soethe, jornalista e especialista em Comunicação Corporativa, essas transformações são visíveis em toda a sociedade.
Na avaliação da especialista, as pessoas estão cada vez mais atentas às próprias escolhas, e as marcas devem se adaptar rapidamente a esse novo perfil de consumo. Neste panorama, personalização e sustentabilidade serão pilares fundamentais para criar uma conexão genuína com o público.
Pensando nisso, Cristiane compartilhou cinco tendências que devem se destacar como bússolas para a compreensão dos novos formatos de consumo.
Novas dinâmicas no lar
Uma das tendências destacadas é a transformação dos espaços domésticos. A pandemia de COVID-19 redefiniu a relação das pessoas com suas casas, que agora funcionam como ambientes multifuncionais de bem-estar, trabalho e lazer.
A Mintel projeta que, em 2025, a demanda por espaços adaptáveis irá se intensificar, aumentando a demanda por soluções de design funcional e tecnologia integrada, como móveis inteligentes e aparelhos voltados ao bem-estar.
Cristiane Soethe destaca que as pessoas estão buscando ambientes que atendam tanto suas demandas de trabalho quanto de relaxamento. Por isso, as pequenas melhorias domésticas tendem a se popularizar, e marcas que oferecerem produtos flexíveis terão uma vantagem competitiva.
Comunidade e conexão humana
Outro ponto de destaque é a tendência de construção de comunidades híbridas, que combinam interações presenciais e digitais. A crise de solidão, exacerbada pela pandemia, incentivou uma nova busca por conexões significativas, valorizando tanto os laços digitais quanto os encontros físicos.
Para a especialista, as marcas têm a oportunidade de facilitar essas interações ao criar espaços que promovam encontros autênticos – seja através da organização de eventos físicos ou dos encontros em ambientes nas plataformas digitais. A chave, em ambos os casos, é entregar ao público vivências que agreguem valor.
Tradição e inovação
O relatório também explora o dilema entre tradição e inovação no consumo. Enquanto questões como mudanças climáticas e desigualdades impulsionam os consumidores a repensarem suas prioridades, muitos ainda buscam preservar valores tradicionais.
Na opinião de Cristiane, o sucesso das marcas dependerá de quão bem elas conseguirão equilibrar inovação e autenticidade. Isso porque os consumidores querem ver um compromisso real com a sustentabilidade, mas sem abrir mão de certos valores – uma dicotomia que exige que as marcas sejam transparentes e responsáveis em suas ações.
Sustentabilidade radical
Já em alta demanda, as práticas sustentáveis deverão se intensificar nos próximos anos. O relatório prevê que as marcas precisarão adotar uma postura mais proativa e até radical em relação ao meio ambiente, desde ações sustentáveis em toda a cadeia produtiva até o desenvolvimento de produtos biodegradáveis.
Neste contexto, apenas reduzir o impacto negativo não é mais suficiente; as empresas precisam se envolver ativamente nas questões ambientais. A especialista pontua que as marcas que adotarem essa postura conquistarão consumidores cada vez mais conscientes e exigentes.
A importância da inteligência artificial
A personalização da experiência do consumidor, impulsionada pela inteligência artificial (IA), também se destaca como uma tendência essencial. A IA permitirá que as marcas ofereçam jornadas de consumo customizadas, mas é preciso equilibrar a automação com a conexão humana autêntica.
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