O principal evento de varejo do mundo começou e deu foco às experiências do consumidor. Durante a NRF 2024, que começou no último domingo (14), especialistas reforçaram diversos pontos que impactarão o setor neste ano, como retail media, novas tecnologias e ESG. Michelle Evans, Líder global de varejo e insights do consumidor digital da Euromonitor, apresentou algumas tendências, principalmente focadas no comportamento do consumidor online.
Ela reforçou que os compradores online continuam a amadurecer e estão mais cautelosos e conscientes. Michelle também apontou que os consumidores desejam mais poder na relação com as marcas e no momento das compras.
Confira 5 tendências apontadas por ela.
1. Comércio eletrônico intuitivo
Os compradores online esperam mais da experiência de comércio eletrônico e tecnologias emergentes, como a inteligência artificial, que está tornando isso possível. A evolução de estratégias de coleta de dados e tecnologias emergentes criam mais experiências de compra intuitivas possíveis. Por isso, as empresas devem focar em oferecer compras sob medida para as pessoas.
Dentre as recomendações de Michelle, está:
- Criar experiências mais intuitivas
- Descobrir novas maneiras de atrair clientes
- Estreitar relacionamentos com os clientes
- Avaliar cuidadosamente as tecnologias emergentes
2. Economia TikToker
A plataforma ByteDance é conhecida por inspirar vídeos virais, sugerindo trends, mas mais conteúdos estão sendo criados por usuários sem a contribuição da marca. Dona do TikTok, ela sabe que sua plataforma inspira campanhas orgânicas que atraem consumidores mais jovens.
Com isso ela vem se tornando uma varejista e permitindo compras dentro da ferramenta. Isso significa ir muito além de uma plataforma de mídia social para também vender itens – seja de marcas ou dos próprios criadores de conteúdo.
Michelle recomenda que as marcas aproveitem o poder das tendências de vídeos virais para influenciar as vendas, bem como aproveitem a influência do TikTok para atuar estrategicamente utilizando dados demográficos oferecidos pelo app.
3. Consumidor mais esperto
Os consumidores estão recorrendo às plataformas on-line para economizar dinheiro, usando de maneiras que podem ou não ter o apoio das marcas, como grupos de trocas, revenda ou compartilhamento de pontos.
Michelle afirma que há uma ansiedade econômica que está impactando o comportamento do consumidor. Dentre os pontos que ela levantou está uma mentalidade que prioriza o celular no momento da compra e que usam dispositivos móveis internet como seu principal canal de compras. Isso significa que o consumidor está mais online, quer comprar, mas sabe que sua condição financeira não permite isso da maneira tradicional.
A executiva recomenda que as empresas façam parceria com aplicativos e sites de orçamento para atrair compradores preocupados com o orçamento.
4. Recommerce 2.0
Sim, os consumidores estão mais preocupados com as questões financeiras, o que está levando a uma evolução nas revendas. Ele também está mais digital e antenado às questões de sustentabilidade. Isso chega a um fator comum: as gerações mais jovens estão sendo levadas à revenda como valor de economia e sustentabilidade.
De acordo com a Euromonitor, 41% de profissionais de varejo afirmaram que a empresa planeja investir em sustentabilidade e iniciativas do tipo nos próximos cinco anos. Michelle recomenda que as marcas considerem entrar ou expandir para recomércio em 2024. A executiva aponta que é preciso inovar com os novos recursos para simplificar o processo de revenda para consumidores. Isso inclui comunicar ativamente as iniciativas de revenda em
mensagens de sustentabilidade.
5. Devoluções simplificadas
As devoluções de produtos ganharão destaque como um eixo da estratégia de fidelização do cliente de um bom varejista. Oferecendo devoluções sem complicações a experiência aumenta. Atualmente, muitas trocas ainda são pagas pelo cliente, ele precisa se deslocar por longas distâncias para isso, o que acaba estragando todo o trabalho criado pela equipe de vendas.
Michelle pontuou que é preciso encontrar maneiras de lidar com os custos crescentes das devoluções sem punir os consumidores. Para isso é necessário oferecer um processo de devolução que seja simples para os consumidores e alertou às empresas que investiguem novas maneiras de conseguirem recursos físicos que permitam essa melhoria na experiência.
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