Atualmente, cerca de 56% das empresas brasileiras destinam até 5% do faturamento ao Marketing Digital, conforme apontam dados da Hubify. Apesar do investimento, muitas delas ainda não monitoram indicadores estratégicos, o que compromete o uso eficiente dos recursos e dificulta ajustes baseados em resultados concretos.
Além disso, o Marketing está entre as áreas mais impactadas pelo efeito Dunning-Kruger — fenômeno psicológico que explica por que pessoas com pouco conhecimento acreditam saber mais do que sabem. A facilidade de acesso a ferramentas de automação, redes sociais e inteligência artificial aumentou o número de autointitulados especialistas, ainda que muitos não dominem os fundamentos da área.
Neste contexto, a evolução do Marketing amplia a demanda por profissionais com visão estratégica, domínio técnico e criatividade. Entre as funções em destaque estão:
Especialista em SEO: otimiza conteúdos para mecanismos de busca.
Gestor de mídias sociais: cuida da presença da marca nas redes.
Analista de dados de Marketing: transforma dados em decisões estratégicas.
Especialista em Marketing de conteúdo: cria e distribui conteúdos relevantes.
Analista de e-commerce: garante a performance de lojas virtuais.
Especialista em IA e análise de dados: personaliza estratégias em tempo real.
Especialista em customer experience (CX): mapeia e aprimora a jornada do cliente.
Gerente de influenciadores digitais: coordena parcerias com criadores de conteúdo.
Especialista em automação de Marketing: cria fluxos automatizados baseados em comportamento do usuário.
Especialista em AR e VR: desenvolve experiências imersivas para marcas.
Especialista em branding: constrói a identidade e o posicionamento da marca.
Especialista em growth Marketing: foca na experimentação e crescimento acelerado.
Planner de mídia digital: planeja e otimiza investimentos em mídia paga.
Especialista em vídeo Marketing: desenvolve estratégias audiovisuais para diversas plataformas.
UX writer e content designer: cria textos que facilitam a experiência digital.
Diretor de Receita (CRO): lidera a geração de receita de forma sustentável.
Consultor de Marketing: desenvolve estratégias para atrair e fidelizar clientes.

Um olhar estratégico
Na avaliação de Thiago Muniz, especialista em vendas e CEO da Receita Previsível, ainda há quem veja o Marketing como custo, não como um investimento capaz de impulsionar autoridade, crescimento e fidelização. Essa visão limitada enfraquece o posicionamento da marca e sua capacidade de se destacar em um ambiente cada vez mais competitivo.
Muniz destaca que o conhecimento técnico não se constrói da noite para o dia. Marketing exige estudo contínuo, leitura de mercado, atualização e responsabilidade com os dados e com a narrativa construída junto ao consumidor.

A inteligência artificial vai dominar o Marketing?
Boa parte das cadeiras em ascensão no setor tem alguma relação com a Inteligência Artificial. O McKinsey Global Institute projeta a criação de 133 milhões de novos empregos até 2030, muitos deles ligados à tecnologia e ao Marketing Digital. Já a Europol estima que até 90% do conteúdo online poderá ser gerado por inteligência artificial até 2026. Segundo a Originality.ai, 57% do conteúdo da internet já é produzido por robôs.

Diante desse cenário, a produção de conteúdo se torna uma commodity. Com o avanço das IAs generativas, como o ChatGPT, textos genéricos e repetitivos inundam a internet. O diferencial está em produzir conteúdos autênticos, com voz própria, visão crítica e profundidade humana. Storytelling, pesquisa e criatividade serão diferenciais, não por competir com a IA, mas por fazer o que ela ainda não consegue: tocar o emocional com singularidade, analisa Muniz.
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