Em um cenário de rápida transformação digital que está redefinindo as indústrias e o varejo em um ritmo sem precedentes, importantes líderes do setor se reuniram em um evento para compartilhar suas experiências e discutir estratégias relacionadas à campanha, execução digital e o futuro do comércio eletrônico, com ênfase especial no Retail Media. Os painéis do evento contaram com a participação de destacados profissionais, como Alex McCord, CEO da Flywheel Digital; Jairo Rozenblit, presidente da Logitech Brasil; Célia Goldstein, General Manager Amazon Ads Brasil, entre outros nomes.

A conversa foi conduzida por Leticia Abraham, Vice-Presidente Executiva LATAM da Flywheel, e Daniela Zaroni, Diretora de Customer Growth da Flywheel, proporcionando um diálogo fluido e informativo sobre as tendências e desafios do mercado. O evento representou o ponto de partida da Flywheel Digital no Brasil e na América Latina, marcando sua entrada na região. A empresa chega com o propósito de atender às demandas das marcas em meio à crescente economia digital.

Durante a apresentação, que abordou a história da empresa, sua proposta de valor e a questão de como se preparar para o crescimento constante dos marketplaces, o CEO da Flywheel destacou a importância do Retail Media como um modelo em que todos saem beneficiados.

Ele enfatizou que estamos vivenciando a terceira onda da publicidade digital, a era do Retail Media, que alcançou a marca de US$ 30 bilhões em apenas cinco anos, um crescimento significativamente mais rápido do que os buscadores, que levaram 14 anos para atingir esse marco. McCord também apontou que o Retail Media tem potencial para crescer ainda mais e se tornar consideravelmente maior do que outras formas de publicidade digital.

‘’Buscamos democratizar a publicidade, oferecendo soluções tecnológicas exclusivas para resolver problemas complexos e maximizar os resultados com eficiência. É um desafio para as marcas que querem acertar, impulsionar as vendas, obter lucratividade e desempenho nos principais marketplaces. Contamos com relacionamentos e integração com grandes varejistas. A visão da Flywheel é tornar-se a plataforma número um globalmente para impulsionar o comércio digital’’, finaliza o CEO.

Oportunidades de crescimento no comércio eletrônico

Quando se trata do futuro do varejo na América Latina, Xian Wang enfatizou a importância de observar as estratégias adotadas por varejistas em escala global e como as marcas podem se inspirar nesses exemplos para se adaptar ao contexto latino-americano. Ela ressaltou a evolução contínua do setor e as oportunidades proporcionadas pelas tecnologias emergentes, como as experiências omnichannel e a personalização.

‘’Passamos por muitas evoluções e desafios no varejo ao longo dos anos. Hoje, temos o comércio eletrônico consolidado globalmente, mas ainda há muitas mudanças por vir, influenciadas principalmente pelo comportamento dos consumidores, que esperam cada vez mais dos varejistas: experiências personalizadas, conveniência, eficiência, rapidez e agilidade’’, explica Wang.

O Brasil é o principal mercado da América Latina em vendas de comércio eletrônico e irá crescer ainda mais nos próximos anos. A especialista observou que os consumidores estão demonstrando um interesse crescente em combinar a pesquisa e a compra on-line com experiências em lojas físicas. Cerca de 53% dos compradores brasileiros utilizam smartphones para facilitar suas jornadas de compra, enquanto 63% dos varejistas no Brasil disponibilizam aplicativos de navegação para auxiliar os clientes em suas lojas físicas, é o que aponta o estudo The 2022 Global Digital Shopping Playbook, elaborado pela Cybersource, em colaboração com a PYMNTS.

‘’É preciso ampliar os horizontes e formar uma visão de como buscar evolução para atender aos novos comportamentos, preferências, modelos e possibilidades no comércio eletrônico, que são cada vez mais competitivos’’, acrescenta Wang.

Uma conversa entre marcas e marketplaces

Durante o evento, players do setor, como Amazon e Mercado Livre, e marcas relevantes como Logitech e Unilever, discutiram sobre retail media, estratégias de campanha e a importância de uma boa execução de conteúdo.

"A jornada do cliente precisa ser repensada; não é mais tão linear como costumava ser. Quando consideramos isso, estamos falando sobre o valor de ter vários pontos de contato ao longo desse caminho, seja ele linear ou não. A influência que podemos exercer e como iremos impactar o cliente ao longo de sua experiência, bem como a maneira como construímos a conversão, depende dos insights que coletamos e de como os entregamos", destaca Celia Goldstein, General Manager na Amazon.

"Observamos um papel muito significativo na América Latina em relação à introdução do conceito de retail media. A oportunidade reside nos numerosos pontos de contato que temos diariamente com as pessoas, seja ao procurar, navegar na internet ou até mesmo ao salvar um item para converter em um momento posterior. Realizamos estudos para acompanhar as tendências dos consumidores, e oito em cada dez começam sua jornada de compra primeiramente em um marketplace. Portanto, temos o início da jornada de fato dentro do ambiente onde eles podem conhecer e, posteriormente, converter", destaca Fernanda Nakasaki, Head of Industry no Mercado Ads.

Além disso, exploram as estratégias adotadas por marcas e marketplaces para proporcionar uma jornada de compra 'phygital' cada vez mais suave e eficiente, resultando em um aumento nas vendas e uma redução de atritos. "Como parte da indústria, enfrentamos um desafio significativo. É essencial estabelecer parcerias abertas e transparentes, permitindo o compartilhamento de dados de forma eficaz, para que possam ser analisados tanto do ponto de vista dos nossos produtos quanto das necessidades dos consumidores, sendo direcionados corretamente para os canais de comércio. Precisamos agir com rapidez na interpretação desses dados e fornecer insights cruciais para a transformação do nosso negócio. Compreendemos que a rentabilidade é benéfica para ambas as partes", esclarece Alexandra Gomes, Gerente de E-commerce e CRM na Unilever.

"O principal desafio enfrentado pela Logitech é comercializar produtos de alto valor agregado. No Brasil, onde a cultura empreendedora é evidente, existem até mais marcas de mouses do que na China, com um total de 98 marcas no mercado brasileiro. O nosso desafio é persuadir o consumidor a investir mais em nossos produtos, o que justifica a importância de investir em todo o funil de vendas, desde a conversão até o topo. Essa estratégia faz toda a diferença", finaliza Jairo Rozenblit, líder da Logitech.

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