Em termos de quais plataformas são mais populares para facilitar as compras, o Facebook e o Instagram estão consistentemente no topo da lista, de acordo com uma nova pesquisa realizada pela agência de relações públicas LatAm Intersect PR. Mais da metade (60,6%) dos latino-americanos já comprou um produto pelo Facebook (34,1%) ou Instagram (26,5%). O México segue essa tendência com metade (49,8%) de todos os consumidores mexicanos tendo o Facebook como sua plataforma de rede social preferida para compras online.

No entanto, existem algumas surpresas entre os diferentes países. O WhatsApp, por exemplo, é muito mais popular por facilitar as compras entre os consumidores peruanos e colombianos, com um quarto (24%) das pessoas desses dois países já tendo comprado algo usando essa rede social, em comparação com uma média de 16,9% das pessoas dos outros quatro países pesquisados.

Por outro lado, um quarto dos latino-americanos (24,9%) diz que 'nenhuma' das principais redes de mídia social tem métodos de pagamento confiáveis, enquanto pouco menos de um quarto (24%) escolheu o Instagram e outra proporção ligeiramente menor (22,4%) escolheu o Facebook como a rede social com os métodos de pagamento mais confiáveis.

Ao comparar as plataformas de mídia social mais populares entre os consumidores de seis das sete nações mais populosas da América Latina, a pesquisa mostrou que Instagram e Facebook tendem a ser os mais populares em termos de engajamento e satisfação do consumidor, com Youtube e WhatsApp com desempenho particularmente bom em alguns territórios.

Proporções das redes sociais

O YouTube é significativamente mais popular no Brasil, com um em cada dez (11,4%) consumidores brasileiros já tendo feito uma compra usando essa plataforma são duas duas vezes mais propensos do que colombianos a escolher o Youtube como a plataforma cujas publicações os impactam mais comercialmente, em comparação com apenas 3,7% dos consumidores na Argentina. Também houve um número surpreendente de latino-americanos que ainda não compraram nada em nenhuma das principais redes sociais, incluindo 14,3% dos consumidores argentinos e, talvez mais surpreendente, 12,2% dos consumidores brasileiros - as duas maiores proporções entre as populações

pesquisadas.

Quando questionados sobre quais palavras eles usariam para descrever cada plataforma de mídia social, as respostas mais comuns foram as seguintes: o Twitter é visto como a rede social “mais séria” e o lugar para encontrar “notícias”. O WhatsApp está associado à ‘personalização’ e à ‘segurança’. O Facebook é visto como um ‘marketplace’ e uma plataforma ‘tradicional’ que sofre de um ‘gap de gerações’, embora também seja visto como tendo ‘publicidade assertiva’; O Instagram está associado ao ‘consumismo’, ‘apelo visual’ e a rede mais associada a ‘influenciadores’. O Pinterest traz à mente 'inspiração' e 'guias práticos para produtos'. O TikTok é mais associado a 'pessoas reais' e 'não influenciadores', além de ser visto como o mais 'viciante'; e, finalmente, o Youtube está associado a ser 'detalhado' e um lugar para 'pesquisar antes de comprar'.

Instagram e Facebook lideram

Em termos de influência comercial, porém, há dois vencedores claros em toda a América Latina: Instagram e Facebook.  Para perguntas que vão de 'quais redes sociais influenciam você a comprar algo que não planejou?' a 'quais redes sociais fazem você mais querer comprar coisas?', é sempre cerca de um terço dos entrevistados latino-americanos que escolhem o Instagram (30% e 32,8% para essas duas perguntas, respectivamente) seguido por cerca de um quarto escolhendo o Facebook (26,7% e 29% para as mesmas duas perguntas, respectivamente), com as outras principais plataformas ficando um pouco atrás.”

Esse domínio do Facebook e do Instagram nos hábitos dos consumidores latino-americanos surpreenderá quem vê Twitter, Pinterest e TikTok como igualmente influentes. "Embora não se esperasse que o Twitter tivesse um bom desempenho em nossas perguntas mais comerciais, e isso não aconteceu, ainda foi surpreendente ver que 5,1% dos entrevistados viram o Twitter, uma rede social conhecida por seu conteúdo opinativo, como uma plataforma adequada para compartilhar suas experiências de compras online”, comentou Lívia Gammardella, coordenadora de planejamento e estratégia da LatAm Intersect PR.

“Em termos de alcance dos consumidores, as empresas podem ver esses resultados como uma oportunidade de avaliar quais plataformas são melhores para segmentar seus públicos. Certamente está claro que, quando se trata de mídia social, não existe ''tamanho único'”, avaliou a especialista.

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