Ter coragem para se mostrar, expor e fazer sentido. Esta foi a dica dada pela influencer Mari Maria, CEO da Mari Maria Makeup, durante a palestra “Como falar a linguagem da criação de conteúdo”, realizada no palco central do Web Summit Rio 2024. Junto à executiva, KondZilla Dantas, criador da produtora de vídeos KondZilla, e Christian Rôças, CEO da Flint.me, trouxeram perspectivas e insights sobre o tema.
Justificando a dica, que considera abranger algumas das soft skills e competências mais importantes para os aspirantes ao status de criadores de conteúdos reconhecidos, Mari ressaltou um erro comum a muitos: aguardar a consolidação de um eventual cenário perfeito para, só então, começar a agir.
O problema – que, neste caso, deveria ser a solução – passa pelo processo de concretização de narrativas impulsionado pela Internet, um fenômeno ainda despercebido ou não plenamente compreendido por muitos creators.
Para Mari, todo esse aparato faz com que pessoas consigam ver e entender umas às outras com mais facilidade, uma característica que, em teoria, contribui para a expansão do mercado de criação. “Hoje, crianças chegam até mim e dizem ‘eu quero ter a minha própria marca de maquiagem’. Eu olho para elas e falo que isso é possível. Mas na minha época, se eu dissesse a mesma coisa, minha mãe olharia para mim e falaria que isso seria muito difícil”, reflete.
Respeitar a comunidade e oferecer soluções
Junto à executiva, KondZilla Dantas, criador da produtora de vídeos KondZilla, trouxe perspectivas e insights sobre o tema. Desde 2011, o empresário se empenha em levar o funk e seus novos expoentes à internet em vídeos que se destacam pela alta qualidade técnica.
O zelo pelo primor das filmagens, realizadas com equipamentos cinematográficos desde 2014, não é obra do acaso. Para KondZilla, o primeiro passo a ser dado por um creator é a identificação de um desafio enfrentado pela comunidade na qual se insere. O segundo passo, naturalmente, é a proposta de uma solução.
Anos de expertise no mercado do funk ensinaram ao produtor a importância de oferecer soluções que respeitam o público para o qual elas serão destinadas. “Não é porque crescemos em favela que temos que consumir conteúdo ruim. Esse respeito envolve uma série de coisas: a moda dos creators, seu vocabulário, e como as pessoas são”, disse.
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