A cada notificação silenciada, rede social fechada por um fim de semana ou troca do smartphone por um modelo mais simples, cresce o sinal de um movimento que vai além da moda: a busca por desconexão digital.
Atualmente, 93% da população mundial utiliza algum tipo de tecnologia, conforme aponta uma pesquisa global da iStock. Mas os receios em relação ao universo digital avançam. Entre os principais estão roubo de dados, dependência excessiva e o tempo prolongado em frente às telas. Segundo pesquisadores, a tecnologia, que simplifica a vida, também esgota.
Cerca de 60% dos entrevistados desconfiam dos anúncios online, acreditando que podem ter sido manipulados, gerados por inteligência artificial ou até falsos. Em contrapartida, conteúdos que priorizam autenticidade, calma e conexão com o cotidiano recebem maior engajamento. Quase metade dos usuários (43%) diz usar redes sociais apenas para entretenimento.
O que isso significa para as empresas
O estudo revela impactos significativos para empresas, especialmente pequenas e médias, que precisam se destacar em meio a um bombardeio informacional. Vídeos curtos são preferidos por 52% dos consumidores, enquanto 38% se dizem mais atraídos por fotografias que despertam conexão emocional.
Para as marcas, a pesquisa indica a necessidade de repensar estratégias visuais e de comunicação. Imagens e vídeos que demonstram cuidado, transparência e situações do dia a dia são mais eficazes.
A diferença geracional também é evidente. Enquanto os mais velhos viveram com menos distrações digitais, os jovens cresceram imersos em telas. Dados da iStock apontam que a ansiedade é o sentimento mais associado à relação dessa geração com a tecnologia.
Como resposta, cresceu o uso de celulares básicos, conhecidos como dumb phones. O relançamento do Nokia 3210 e projetos como o “The Boring Phone”, da Heineken, refletem a adaptação de grandes marcas a essa demanda por simplificação.
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