É verdade que boa parte dos brasileiros pretende abrir a carteira durante a Black Friday, mas para muitos, o gesto será acompanhado por uma boa dose de desconfiança. Isso porque 62% dos consumidores entrevistados em uma pesquisa conduzida pela Hibou enxergam o evento como uma “Black Fraude”.
O trocadilho reflete a percepção de que os preços são manipulados pelas marcas antes da data. Na avaliação dos consumidores, as promoções que movimentam a reta final de novembro seriam corrompidas no estilo “tudo pelo preço do dobro”. E, naturalmente, empresas que adotam a prática tendem a perder clientes e, consequentemente, vendas.
Pensando nisso, a Hibou listou oito insights, entre aprendizados, dicas e tendências, que podem fazer a diferença na hora de conquistar o mais desconfiado dos consumidores.
Planejamento e análise estratégica
Antes de dar vazão à impulsividade, 51% dos brasileiros mapeiam e registram os preços pré-Black Friday e montam um referencial para a data. Para obter as informações necessárias, 55% buscam conteúdos em sites de comparativos e 23% preparam listas de desejos. Outros 13% utilizam alertas de preço para verificar descontos, demonstrando uma preferência crescente pela análise detalhada antes de qualquer decisão de compra.
Alta desconfiança
A percepção de enganação no varejo é evidente para 62% dos entrevistados, que acreditam que os preços são aumentados antes do evento. Além disso, 40% dos consumidores apontam o alto custo dos produtos e não acreditam em grandes reduções durante a Black Friday.
Segundo Lígia Mello, CSO da Hibou e coordenadora do estudo, o consumidor brasileiro está mais exigente e seletivo, priorizando marcas confiáveis. Por isso, o foco deste ano deve estar no consumo consciente e no valor justo nas compras.
Benefícios mais valorizados
Para 61% dos consumidores, o maior atrativo da Black Friday é o desconto elevado. Cerca de 40% também veem o evento como uma oportunidade para comparar produtos, enquanto 30% consideram o frete grátis um dos maiores benefícios da data.
Consciência ambiental e social
Além dos preços, os consumidores também estão atentos às práticas socioambientais das marcas. Para 63% dos brasileiros, empresas com iniciativas sustentáveis e de responsabilidade social são mais atrativas e têm preferência na decisão de compra.
Controle de gastos
Apesar do apelo da data, muitos consumidores pretendem gastar com moderação. Entre os entrevistados, 26% planejam gastar entre R$500 e R$1.000, enquanto 23% montaram um orçamento entre R$1.000 e R$3.000. Apenas 7% consideram gastar mais de R$3.000.
Cabe ressaltar que a Black Friday segue sendo a data que apresenta o maior ticket médio entre as datas do varejo nacional, com valores entre R$500 e R$1.000.
Compras pessoais e antecipação de presentes
Dos 44% que confirmaram a intenção de comprar na Black Friday, 92% indicam que as compras serão para uso pessoal. Entre as principais motivações para as compras, aparecem respostas como aproveitar boas oportunidades (51%), adquirir itens novos (30%), substituir produtos antigos (17%) e adiantar presentes de Natal (13%).
Eletrodomésticos e eletrônicos no topo da lista
Entre as categorias de produtos mais desejadas, eletrodomésticos lideram com 40%, seguidos por vestuário (36%) e eletrônicos (30%). Já a lista de itens mais mencionados espontaneamente é liderada pelos celulares (20%), Smart TVs (18%) e geladeiras (10%).
Produtos como tênis e máquinas de lavar também ganharam mais relevância, aumentando mais de 5 pontos percentuais em comparação a 2023.
Compartilhamento de promoções e compras presenciais
A troca de ofertas entre amigos e familiares faz parte da estratégia de 60% dos consumidores, reforçando a busca por informações de fontes próximas. Para compras online, Amazon (49%) e Mercado Livre (60%) lideram as intenções.
Já entre os que preferem comprar presencialmente, 49% escolhem lojas de rua e 38% optam pelos shoppings, com 29% aproveitando eventuais ocasiões de passeio para verificar ofertas. O apoio ao comércio local deve ser um fator relevante este ano, com 41% dos brasileiros indicando a intenção de priorizar pequenos comércios.
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