Antes vistos apenas como facilitadores de tarefas simples, os assistentes virtuais passaram a ocupar um papel central no dia a dia digital de milhões de consumidores. Impulsionadas pelo avanço da inteligência artificial, essas ferramentas ganharam capacidade de compreender contextos, automatizar atividades e oferecer recomendações personalizadas, consolidando-se como parceiras indispensáveis em diferentes rotinas.
O uso destes recursos é expressivo. Globalmente, 81% dos entrevistados no estudo “Connecting with the AI Consumer” recorreram a assistentes de voz, chatbots ou ferramentas de compra nos últimos meses. A adesão vai além do uso ocasional: 76% afirmam utilizar semanal ou diariamente, enquanto apenas 24% relatam interação menos frequente.
A pesquisa aponta diferenças claras entre gerações. A Geração Z (83%) e os Millennials (81%) lideram a frequência de uso, seguidos pela Geração X (66%). Já entre os Boomers, pouco mais da metade (51%) afirma recorrer a assistentes de IA semanal ou diariamente. O retrato sugere que o recurso está mais enraizado na rotina dos mais jovens, que cresceram cercados por ferramentas digitais.
O cenário também varia por região. A Índia se destaca, com 67% dos usuários recorrendo a assistentes de IA todos os dias, seguida por China (50%) e Brasil (46%). Já em países europeus como França e Alemanha, a adoção é mais tímida: 18% e 14% dos entrevistados, respectivamente, relatam uso inferior a uma vez por mês. Fatores como infraestrutura tecnológica, maturidade digital, privacidade e questões culturais ajudam a explicar as diferenças.

Atrativos e expectativas
Velocidade, criatividade e economia de tempo estão entre os atributos mais valorizados. Para 61% dos usuários, a principal vantagem é receber respostas imediatas. Outros 48% destacam a capacidade criativa, usando IA para sugerir receitas, estruturar roteiros de viagem ou apoiar a produção de conteúdo.
As expectativas dos consumidores apontam para funções mais sofisticadas. Além de tarefas cotidianas, 45% desejam apoio na tomada de decisões, 42% em planejamento financeiro, 36% em otimização de viagens e 33% em recomendações de entretenimento. Em contrapartida, há resistência ao uso em atividades de caráter interpessoal, como aconselhamento em relacionamentos ou networking, áreas onde ainda prevalece a confiança em interações humanas.
Enquanto os Boomers priorizam a proteção de dados — 54% valorizam assistentes que reforcem a segurança das informações —, a Geração Z vê maior apelo na criatividade e no suporte a decisões, com índices de 46% e 48%, respectivamente.
O estudo deixa recados claros para as marcas. É preciso investir em soluções intuitivas e centradas nas pessoas, capazes de tornar o cotidiano mais ágil e criativo, sem negligenciar segurança e privacidade. Também é essencial adaptar experiências a contextos culturais e geracionais distintos, uma vez que padrões de adoção variam de forma significativa entre países e faixas etárias.
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