Seguindo um caminho contrário ao tomado pela maioria das grandes ligas esportivas na atualidade, as Olimpíadas de Paris não contam com uma casa de apostas em sua vasta lista de patrocinadores.
A ausência nos Jogos, no entanto, não deverá ser sentida de forma significativa pelas principais corporações deste mercado: só no Brasil, 61 milhões de pessoas deverão fazer apostas até o encerramento do evento, conforme aponta uma pesquisa conduzida pelo Instituto Locomotiva e QuestionPro.
Por aqui, as apostas esportivas dominaram o território do futebol. Motivado pela paixão pelo esporte mais popular do mundo, o brasileiro já aposta mais que investe na Bolsa de Valores. Segundo levantamento do Investidor Brasileiro, feito pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades de Mercado), 14% da população (cerca de 22 milhões de pessoas) fez ao menos uma aposta online em 2023.
Por enquanto, o único investimento com parcela maior do que as bets é a poupança, feita por 25% da população. Cabe ressaltar que as apostas esportivas também são consideradas um tipo de investimento, de ROI mensurável, que se diferencia pelo alto risco de perda do montante investido.
Na avaliação Brunno Galvão, fundador e head no Brasil da Crownstone Ventures, o universo esportivo está experimentando um movimento sem precedentes. Olhando para o futebol como produto, reforça Galvão, 20 clubes da Série A do Campeonato Brasileiro, 14 são patrocinados por casas de apostas. O próprio Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil levam o naming rights de uma plataforma.Leia também: Alto awareness, média consideração: o retrato do mercado de apostas no Brasil
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