37% dos brasileiros classificam o Brasil como um país barato para se viver. É o que aponta a pesquisa “Percepções Sobre Preços”, conduzida pelo Opinion Box para entender como anda a percepção dos consumidores brasileiros sobre os preços praticados pelo mercado entre novembro de 2022 e novembro de 2023.
No outro lado da linha entre o barato e o caro, 31% dos entrevistados consideram que o custo de vida no país é muito oneroso. Fragmentando estas considerações, a pesquisa obteve acesso a informações mais específicas. Por exemplo, 45% dos respondentes disseram que chegam ao final do mês com pouco dinheiro sobrando, enquanto 29% declararam que suas receitas não são o suficiente para cobrir o período mensal.
Colocando uma lupa sobre as informações, no entanto, os cenários descritos pela pesquisa se provam um pouco menos positivos do que parecem. Dos 45% que afirmam ter dinheiro sobrando no final do mês, apenas 5% disseram ter muito dinheiro sobrando. Do outro lado da moeda, 13% dos respondentes disseram enfrentar a falta de muito dinheiro no fim do mês.
Perguntados sobre o destino dado às eventuais sobras, 47% dos entrevistados disseram fazer investimentos que não envolvem a poupança, o destino ideal para o dinheiro de outros 26%. Gastos com necessidades para a casa e família (19%), pessoais (14%) e o adiantamento de contas e pagamentos do mês seguinte (11%) fecham o top 5.
Mais caro vs Mais Barato
A pesquisa buscou entender a percepção sobre preços de acordo com diferentes categorias de produtos e serviços. Os consumidores foram convidados a avaliar, de acordo com suas perspectivas, quais deles ficaram mais baratos ou mais caros nos últimos 12 meses.
Para 79% dos entrevistados, as compras mensais nos supermercados ficaram mais caras/muito mais caras durante o período, transformando-se no principal peso para o bolso dos brasileiros. Apenas 7% da amostra considerou mais baratos os gastos nesta categoria.
Os remédios e os produtos farmacêuticos ficaram mais caros na percepção de 74% dos entrevistados, o acesso a bares e restaurantes encareceu para 72% dos respondentes e os valores cobrados pelos serviços médicos e dentários, como consultas e vacinas, por exemplo, subiram para 72%.
Todas as categorias analisadas na pesquisa encareceram na opinião dos entrevistados. A Opinion Box conduziu 2.081 entrevistas online. 85% dos respondentes pertenciam às classes CDE e 15% à classe AB.
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