O domínio da IA sobre os lançamentos apresentados na CES 2025, em Las Vegas, continua nesta terça-feira (07). O dia marca a abertura da feira ao público geral. Até então, o acesso às exposições era limitado a um grupo específico de personalidades, representantes e jornalistas.

A Inteligência Artificial está no centro de boa parte das novidades, pontuando a direção seguida por gigantes do mercado tech. Ainda ontem, a NVIDIA apresentou os primeiros lançamentos do ano. Hoje, foi a vez da Razer apresentar soluções de tecnologia para o mercado gamer, e a semelhança entre as propostas das marcas chamou a atenção.

De acordo com informações apuradas pelo Portal The Verge, a NVIDIA passou os últimos dois anos aprimorando os personagens digitais "ACE". Estas personas utilizam inteligência artificial generativa para manter conversas reais dentro dos jogos. Na CES 25, a empresa apresentou, em parceria com a Krafton (desenvolvedora do PUBG), um novo nível de interação com estes personagens.

Segundo a Nvidia, os personagens ACE podem usar IA para "perceber, planejar e agir como jogadores humanos", conforme descrito em um post no blog da empresa. Impulsionado por inteligência artificial generativa, o ACE possibilitará mundos de jogos vivos e dinâmicos, com companheiros que compreendem e apoiam os objetivos dos jogadores, e inimigos que se adaptam dinamicamente às táticas dos jogadores.

Os personagens são alimentados por pequenos modelos de linguagem (SLMs) que são capazes de planejar em frequências semelhantes às humanas, necessárias para tomadas de decisão realistas". Além disso, contam com SLMs multimodais para visão e áudio, permitindo que personagens de IA ouçam pistas sonoras e percebam seu ambiente.

As novidades da Razer

A oferta da Razer pode ser classificada como um pouco mais intrusiva e deve gerar um certo clamor entre os players de carteirinha. A empresa comunicou o desenvolvimento de Ava, um “co-piloto” de Inteligência Artificial criado para “ajudar os jogadores a melhorar nos jogos”, inclusive em games online marcados pela competitividade.

Segundo a empresa, o copiloto depende da autorização do usuário para executar a captura de milhares de imagens da tela do jogador para, em seguida, oferecer dicas e macetes de jogabilidade em tempo real. A ideia é otimizar a gameplay dos jogadores, oferecendo respostas adequadas aos maiores desafios nos jogos.

Avaliando uma gameplay de League of Legends durante a fase de testes, Ava atuou como um chatbot de IA capaz de auxiliar na tomada de decisões e na escolha de feitiços e itens a serem equipados, com base em uma compreensão situacional aprimorada do jogo, chamadas de API, guias e, potencialmente, dados históricos sobre os resultados de partidas jogadas por equipes de Esports. 

O problema, no entanto, é que as leituras de tela realizadas pela IA oferecem aos players pistas sobre o paradeiro dos jogadores rivais – um conhecimento proibido em jogos online – sugerindo aos usuários estratégias para contra-atacá-los. A empresa deve fazer aprimoramentos para tornar mais justo o uso da aplicação, bem como para resolver micro atrasos verificados na resposta da IA durante a execução dos games.

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