No mês dedicado à conscientização sobre saúde mental, o Setembro Amarelo, uma nova pesquisa lança luz sobre um problema silencioso que afeta as equipes de Marketing: o burnout coletivo. Foi identificado que 94% dos profissionais vivem um caos operacional diário, que compromete não apenas a produtividade, mas também a saúde emocional, segundo dados de um levantamento realizado pela Deskfy.
O dado expõe um ponto sensível do setor: a sobrecarga não vem da falta de talento, mas de operações mal estruturadas. Em vez de dedicar tempo a criatividade, estratégia e resultados, os profissionais enfrentam obstáculos como briefings desorganizados, retrabalho, processos de aprovação lentos, uso simultâneo de duas a quatro ferramentas genéricas e pouca clareza sobre sua própria produtividade.
O resultado é um ambiente que transforma a rotina em uma sequência interminável de urgências, alimentando estresse e sensação de estar sempre “apagando incêndios”.
O cenário brasileiro ecoa uma tendência global apontada pelo relatório “State of Work 2024”, da Slack (Salesforce). Segundo o estudo, a pressão por produtividade e a proliferação de ferramentas fragmentadas levaram os profissionais ao que chamam de “malabarismo digital”: alternar entre plataformas consome mais energia mental do que as próprias tarefas estratégicas, tornando-se uma fonte direta de sobrecarga cognitiva.
“A tecnologia está presente, mas de forma genérica e nada especializada, sem esse olhar direcionado para as dores do Marketing. Os profissionais se dividem entre e-mails, planilhas e múltiplas ferramentas, o que gera baixa visibilidade e retrabalho. Surge a necessidade de um ambiente mais saudável, com um dia a dia estratégico por meio de centralização, automação e eficiência da operação”, afirmou Victor Dellorto, CEO da Deskfy.
O custo humano do caos operacional
Enquanto o setor discute o avanço da Inteligência Artificial, a base do Marketing continua presa a métodos manuais e fragmentados, o que tem um impacto direto na saúde mental das equipes. A sobrecarga não é apenas um problema de performance, mas uma questão humana: profissionais desmotivados, estressados e sem clareza sobre seu impacto tendem a perder a criatividade — justamente o diferencial competitivo da área.
A mudança desejada pelos profissionais vai além da simples troca de ferramentas: eles buscam alívio para a carga mental e um ambiente que permita foco na estratégia e na inovação.
A chave está em oferecer um sistema que centralize pessoas, demandas e arquivos em um só lugar, automatize tarefas repetitivas, padronize solicitações e ofereça dashboards que tragam clareza sobre a produtividade.
Segundo Dellorto, investir em uma operação centralizada não é apenas um ganho de performance, mas um ato de cuidado com as pessoas. “O Marketing precisa se libertar da rotina caótica para se tornar uma área verdadeiramente estratégica e, acima de tudo, sustentável para quem nela trabalha”, complementa o executivo.
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