O que o profissional de Marketing deve esperar para o futuro? 9 de maio de 2017

O que o profissional de Marketing deve esperar para o futuro?

         

Inovação e reinvenção continuarão a permear a área, o que pede pessoas antenadas e prontas a aplicar metodologias no momento certo para se tornarem relevantes no mercado

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Alexandre Arima, Diretor de Marketing Latam da Robert HalfTodos os anos são apontadas novas tendências para a área de Marketing que prometem movimentar o mercado. Algumas de fato ganham relevância e maior número de ações, como é o caso do Neuromarketing e Storytelling. Outras sequer são muito lembradas, até que alguma ação caia em evidência, como foi com a Realidade Aumentada após o Pokémon Go. Independente do que esteja em pauta, o futuro pede do profissional de Marketing um olhar atento e curioso a tudo que é lançado – principalmente em tecnologia – se quiser se manter sempre atualizado.

Inúmeras estratégias tão faladas no passado podem se tornar do dia para a noite a salvação de uma empresa. Nenhuma ferramenta se torna obsoleta até que seja necessária. Cabe ao gestor entender de que modo cada uma delas pode agregar ao negócio e não se prender aos modismos. O que requer inteligência analítica, algo que cada vez mais os recrutadores buscarão quando abrir uma vaga em Marketing.

Isso se deve ao fato de que o futuro da área está atrelado à tecnologia da informação – um exemplo é como o Big Data pode ajudar diversos setores. “O Martech é algo pensado a longo prazo, mas que deve começar a ser executado a curto, porque a velocidade com que as mudanças ocorrem é grande. No exterior já vemos a implantação ocorrendo, mas nem tudo que é retratado por lá cabe na realidade brasileira”, conta Alexandre Arima, Diretor de Marketing Latam da Robert Half, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Aplicação no Brasil
Um exemplo é o modo com que se vive Internet das Coisas nos Estados Unidos e como ela é implantada no Brasil. Enquanto companhias como a Amazon fazem testes de soluções como Amazon Dash, Amazon Go e entregas por drones há alguns anos, aqui os terminais de auto atendimento começaram a chegar. Na Apas Show de 2017, a Totvs apresentou sua ferramenta para instalar a novidade no varejo brasileiro. Isso mostra que, em 2018, essa solução poderá ser mais vista e aplicada em diversos setores.

A oferta de self checkout da Totvs é preparada para essa nova realidade do varejo alimentar, com todos os registros necessários para a operação, como a leitura dos códigos de barras, a pesagem de hortifruti, os meios de pagamento para cartão de crédito e débito, entre outros. Além disso, a companhia utilizou técnicas de Design Thinking para desenvolver um layout único, disponibilizando uma interface 100% adaptada para o autoatendimento, em que o cliente consegue iniciar e finalizar a sua compra sem a necessidade de apoio.

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Ou seja, o que antes era apenas um case internacional, passará a ser visto com maior facilidade e precisará da atenção dos profissionais de Marketing. “Existe uma postura de ver primeiro quem faz certo para depois arriscar e inovar. O importante é agir e não ficar parado se não quiser ser engolido pela concorrência. Uma boa ideia pode não ser aproveitada de imediato, mas ela sempre será uma ideia”, conta o Diretor de Marketing Latam da Robert Half.

Novas relações
Em tempos de imediatismo, é preciso se tornar relevante para o consumidor, sem deixar de transparecer sua essência. Isso significa que as empresas devem inovar e acompanhar a velocidade com que as tecnologias se movem, mas também obedecer a tudo aquilo que é pertinente ao negócio dela. O futuro do Marketing, como foi até hoje, será a reinvenção. Os meios digitais continuarão a ser importantes e caminho para diversas estratégias.

Ainda assim, tudo aquilo que for off-line também será essencial para determinada ativação, principalmente porque a interação será mais buscada. A relação homem e máquina deve crescer nos próximos anos com a Internet das Coisas ganhando mais notoriedade, por isso, deve-se pensar já de hoje como criar produtos e serviços eficientes que atendam a possível necessidade de relacionamento do consumidor com aquilo que será apresentado a ele.

O gerenciamento de interações em tempo real, por exemplo, está começando a permitir que as empresas transformem o Marketing em um diálogo contínuo, ao contrário do objetivo anterior do Marketing de empurrar mensagens em uma campanha, segundo relatório da Forrest Research. A questão fundamental é contribuir para o desenvolvimento do mercado, discutindo e promovendo questões relevantes para o crescimento da empresa. “O profissional tem que estar muito mais aberto, porque ele está lidando com um consumidor multiplataforma e que a todo instante surge com uma nova forma de consumo”, finaliza Alexandre.

A aplicação de novas tecnologias faz com que os profissionais de Marketing estejam cada vez mais familiarizados a novas ferramentas. Apesar de muitos já utilizarem algumas soluções, ainda são poucas as pessoas que estão se familiarizadas ao termo Martech. O Mundo do Marketing produziu uma série de estudos para apresentar essa nova realidade. O primeiro aponta o novo perfil do profissional, o segundo e terceiro apresentam as principais ferramentas que precisam fazer parte do radar de quem quer continuar crescendo no setor.   


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