Mesmo com a redução de renda e desemprego em alta, a perspectiva é que a Páscoa neste ano deve continuar a movimentar o comércio. O marketing com foco em pessoas reais impulsionará o setor, já que 86% dos entrevistados disseram ser diretamente influenciados pela opinião de amigos e parentes na hora da escolha, segundo dados de levantamento feito pela The Insiders.
O compilado dos dados também mostrou que 68% das mais das 5.400 pessoas entrevistadas comprarão ovos de Páscoa e, destes, 72% pretendem fazer suas compras online. Além disso, grandes marcas brigarão de igual para igual com mercado informal de pequenos produtores, que ganharam um espaço relevante na lista de preferência de ovos de Páscoa: 56% declararam optar pelos chocolates caseiros no lugar das tradicionais do varejo. A pesquisa apontou ainda que 49% dos respondentes afirmaram que se informarão sobre preços e produtos por meio de blogs e redes sociais.
Tendo o canal digital como preferência, a estratégia que mais agrada aos consumidores, segundo a The Insiders, é de apostar em vantagens a serem compartilhadas com o consumidor, já que 94% declararam gostar de cupons de descontos ou benefícios na hora da compra. Apesar do momento delicado em que o país vive, a pesquisa revela que a Páscoa ainda acessa uma memória afetiva importante na vida dos clientes. A data é vista como um dia de celebração da vida, em que mesmo distantes fisicamente, as pessoas querem se fazer presentes, amenizando os impactos que o distanciamento social tem causado no dia a dia das famílias.
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Desempenho das vendas na Páscoa
Apesar do desejo do consumidor, o e-commerce e a aprovação do auxílio emergencial serão fatores determinantes para o desempenho do varejo na Páscoa deste ano, segundo estudo feito pela Estudo da Kantar. Em 2020, quando as medidas de distanciamento social começavam a vigorar, a queda na penetração de itens de Páscoa foi de 16 pontos percentuais em relação a 2019, representando aproximadamente nove milhões de domicílios que abandonaram o evento.
Este ano, diante de um cenário semelhante e com algumas incertezas como a retomada do auxílio emergencial e a possibilidade de restrição de horário de funcionamento de supermercados, o desempenho do setor no período pode se repetir. Na periferia, as lojas de departamento serão locais de preferência de compra nessa Páscoa.
Ano passado, o gasto médio nos lares que receberam o auxílio emergencial do governo, na categoria de Chocolates, foi 8% maior do que naquelas que não receberam auxílio, o que possibilitou o acesso de algumas famílias a produtos mais premium. Seguindo a tendência registrada, os ovos de chocolate podem voltar a ser o destaque positivo em volume e vendas na Páscoa este ano, já que as categorias de chocolate regular (barras de chocolate) e de presentes apresentaram queda em 2020.
Para a Kantar, o que se viu foi o aumento de consumo de ovos de chocolate em lares com crianças e uma diminuição substancial nos sem. Além disso, com a impossibilidade de celebrar com pessoas de fora do convívio do lar, houve uma queda brusca nas ocasiões de presente. A pesquisa também corroborou que os Ovos de chocolate artesanais também devem manter bom desempenho este ano: em 2020 a Kantar registrou 600 mil novos domicílios comprando esses produtos.
Com lojas físicas fechadas, o e-commerce torna-se essencial para o comércio neste momento de restrições mais duras da pandemia. Em 2020, cerca de 7,5 milhões de domicílios compraram bens de consumo massivo (FMCG) no universo online, sendo aproximadamente 2,3 milhões de novos lares somente no segundo semestre, e o segmento terminou o ano alcançando 12,9% dos lares brasileiros. Diante disso, o comércio online será muito relevante para os varejistas na Páscoa deste ano.
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